sábado, 22 de janeiro de 2011

Sinceramente, não sei dizer se foi por causa do trampo que arrumei e no qual estou envolvido nesses últimos 5 meses. O que ocorre é um fato claro: perdi o interesse completo pelo Cabal Online. Lógico que falta o tempo necessário para eu jogar numa boa, despreocupadamente, com meus amigos no TS da guild. Mas a verdade é que o jogo não é mais o que era há uns 3 anos atrás. A Gamemaxx, publisher que administra o jogo aqui no Brasil, decaiu de forma notória, e os serviços oferecidos de suporte e atendimento só tem piorado a cada dia. Isso sem falar nos bugs constantes encontrados no jogo e nas decisões completamente equivocadas que são tomadas a cada tentativa de corrigir tais erros. Por conta disso tudo, desanimei totalmente. E ainda está por vir um outro jogo que me cative e me prenda tão apaixonadamente quanto Cabal.
Enquanto isso, tenho jogado outros games de maneira esporádica, numa tentativa vã de afugentar o tédio e a desilusão criados pela decadência do Cabal. Estava jogando Lunia com Inochi, Lucy,  meu afilhado Seraph e meu maninho Pop, mas confesso que não tenho a menor vontade de continuar jogando. Tenho vontade de voltar a escrever, finalizar as Crônicas de Nevareth, mesmo que eu saiba que nem consiga publicar esse livro, uma história meio ao estilo do Senhor dos Anéis. E por que diabos somente eu tenho essa sensação insistente de que tudo que escrevo tem um potencial fabuloso para fazer sucesso e ser lido por milhares de pessoas pelo mundo? Eu quero muito que isso aconteça, esse é meu maior sonho, e seria minha maior realização nesta vida.
A minha sorte é que sou muito, mas muito persistente e nunca desisto de fato dos meus objetivos e dos meus sonhos, por mais que tenha ao meu redor pessoas sempre dispostas a transformar seus sonhos em poeira, e depois rir sutilmente de seu sofrimento interior. Elas não me derrubam. Nada me derruba desse jeito, quando se trata de seguir adiante naquilo que mais acredito fielmente.
E ontem à noite numa avenida no centro de Ilhéus, enquanto eu esperava no ponto pelo ônibus para Itabuna, algo cinematográfico e incrível aconteceu bem diante de mim, literalmente! Um carro vinha pela avenida numa velocidade até moderada, e repentinamente bateu em um outro carro estacionado na calçada e capotou. Fiquei impressionado por presenciar um momento que parecia sair de algum filme de ação. Foi questão de segundos, e tudo aconteceu bem na minha frente. E a pessoa que dirigia o carro saiu ilesa e atordoada depois da capotagem, com uma expressão assustada, como que não acreditando que aquilo estivesse acontecendo com ele. E dezenas de pessoas estavam ao redor, apontando seus celulares, tirando suas fotos e fazendo seus vídeos para postarem em álbuns no orkut e facebook e em blogs como este, e mostrar a todos pela rede como o mundo deixou de ser humanitário para se tornar um espetáculo chocante em busca de audiência cada vez maior. Esse é o meu tempo, o nosso tempo, o tempo das redes sociais, a Era dos Nerds, 2011 D.C.
 
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