quinta-feira, 23 de julho de 2009


E aqui estou eu, mais uma vez, presenciando pela internet e acompanhando, admirado, mais um tour do U2. Um espetáculo de produção, como sempre tem sido as tours da banda. Depois de lançado o álbum No Line On The Horizon [2009], eles colocaram o pé na estrada e iniciaram sua mais recente maratona de shows, que acontecerão pelas principais cidades de diversos países. Recordo-me de ter assistido ao show da Vertigo Tour, em 2006, pela TV, e na ocasião deixei até meu registro e considerações do que vi aqui em meu blog. Na época, foi fascinante e envolvente, e agora, mais do que nunca, na rapidez virtual da internet, logo após eles abrirem a 360°Tour em Barcelona, na Espanha, no último dia 30 de junho, na manhã seguinte eu já estava escutando o show e sentindo arrepios por todo o corpo. Algumas músicas que não lembro de nunca terem sido tocadas antes em show, agora fazem parte do setlist e me emocionaram, como In A Little While e The Unforgettable Fire, algumas de minhas favoritas.E como tem ocorrido recentemente pelo mundo afora, houve espaço para Bono inserir uma homenagem para Michael Jackson, cantarolando trechos de Billie Jean e Don't Stop 'Til You Get Enough. A foto acima é do show que ocorreu em Paris no último dia 11 de julho. Eu sonho em poder assistir ao vivo um show do U2 aqui no Brasil. Apesar de já ter planejado tantas vezes anteriormente ir ao show da banda e nunca ter conseguido realizar esta façanha, ainda tenho esperança de um dia realizar este sonho antigo. O mundo dá suas voltas e, quem sabe, eu esteja girando e indo de encontro ao meu sonho, sem que eu saiba.

Vá, grite alto, erga-se
Escape de si mesmo e da gravidade
Ouça-me, pare de falar, para que eu possa falar
Silêncio agora
Encerre o programa e mova para a lixeira

Unknown Caller - U2
álbum No Line On The Horizon [2009]

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Esses últimos dias o mundo inteiro sentiu-se sacudido pela notícia da morte de Michael Jackson. Até eu mesmo fui pego de surpresa enquanto dava um giro pelos canais e parei subitamente na MTV, batendo de frente com o fatídico anúncio. Inegavelmente, Michael era um extraordinário astro multifacetado, cantor, dançarino, bailarino, compositor, produtor. Seu legado musical acaba superando os Beatles e Elvis, quando se trata de hits que circularam nos topos das paradas por todo o mundo, isso sem falar nos milhões de discos vendidos, nos clips antológicos, passos de danças que viraram sua marca registrada. Assim como foi sua vida, sua morte se envolve em mistério incrível, e até o momento [pelo menos até que os legistas concluam suas autópsias] ninguém tem certeza de como ocorreu e dos motivos da morte de MJ. Excesso de medicamentos prescritos por médicos ligados ao cantor indicam que ele levava uma vida a base de anestésicos fortes. Eu concluo apenas que Michael levou uma vida marcada por traumas, complexos, problemas emocionais, ausência de uma infância sadia, infância essa que ele só recuperou e desfrutou de fato depois de adulto, o que ele não escondia de ninguém. Muito provavelmente, Michael era apenas um crianção, um moleque brincalhão que apenas queria aproveitar aquilo que seu pai havia lhe tirado, a sua infância. E muito provavelmente, estigmatizaram Michael com uma imagem negativa, como um provável pedófilo, um abusador de criancinhas inocentes. No último domingo, o Fantástico mostrou uma longa matéria sobre Michael Jackson em sua intimidade, no rancho Neverland, revelando um verdadeiro crianção, em vez do propalado pedófilo, numa reportagem sem sentimentalismo ou pieguice.
Infelizmente [e isso é uma verdade], a humanidade, em seu atual estágio evolutivo, prefere apenas enxergar o lado negro, ruim, sujo de cada ser humano, e considerar que esse seja o único lado que prevalece em todos nós, como se em cada pessoa inexistisse o lado bom e iluminado. Claro que ninguém nesse mundo é perfeito e somente bonzinho. Mas convenhamos que todos nós trazemos dentro de nossa alma os dois lados da mesma moeda, o bom e o ruim, a luz e a escuridão, cabendo a cada um escolher qual face pretende potencializar e qual caminho trilhar. Se a maioria das pessoas fosse mais esperta, descobriria que se aprende muito observando a vida das pessoas, mas apenas observando, sem julgar ou criticar de maneira negativa. Aprende-se muito, tantos com os acertos como com os erros.
Esse mês meu blog completa 4 anos de uma existência virtual repleta de textos filosóficos, poesias, descobertas musicais, desabafos silenciosos, coletânea de experiências de minha vida, opiniões sinceras. Durante todo esse tempo, fiz o máximo para que ele sempre se mantivesse atualizado, como um diário-observatório onde relato todas as minhas impressões sobre esse mundo incrível que me cerca nesta minha existência. Tanto já vi e vivi, e sei que ainda há muito a ser visto e vivido. E eu sei que tenho esse dom magnífico de se deixar ser contaminado por idéias, sensações, sons, palavras e sonhos. Quem sabe, algum dia, tudo isso aqui não vire um saboroso livro a ser degustado sem qualquer pretensão? No mais, estou por enquanto me preparando para ouvir o novo trabalho da banda Placebo, intitulado Battle For The Sun [cuja capa aparece logo acima no início de meu texto], e mais tarde assistir mais um episódio da 2ª temporada de True Blood. Qualquer coisa, deixo pegadas no meu twitter: http://twitter.com/csipatofu
 
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