Sabemos que ninguém é perfeito e perfeição é algo que não existe em nosso mundo. Mas não é a perfeição que devemos buscar obstinadamente, mas sim, formas de sermos um pouco melhores a cada dia de nossas vidas. Essa deve ser a nossa verdadeira perseguição interminável até que o último suspiro nos mostre o fim do ciclo.
Recuperar o foco e manter ele insistentemente em nossa frente e não se deixar confundir pelos obstáculos e dificuldades que eventualmente querem nos atrapalhar. Escrever sempre e cada vez mais, até que eu sinta que as palavras fluem em minhas veias no lugar de meu sangue. Ler o máximo que eu puder, e sempre devorar livros, como dizia minha saudosa professora de Matemática, Iara, durante todos os anos que me ensinou a lidar com números, equações e fórmulas. Elaborar pensamentos mais bem estruturados e dinamizar melhor as ideias, teorizar, discutir e debater. Desenvolver estratégias e visualizar com mais concentração o campo de batalha, enquanto jogo xadrez com meu afilhado Thales, agora universitário e Desenvolvedor Iniciante de Campos de Futuro para sua vida. E nunca me esquecer de promover sempre pequenas piadas descontraidas com sua namorada Thays.
Escandalizar a rotina, estrangular o cotidiano e servir suas tripas crocantes com um bom vinho antes do jantar da noite. Beber poesia e ter ressacas líricas. Escrever para a Morte e fazer ela rir sobre os sonhos que seu irmão costuma soprar em meus olhos dormentes. Prender o desespero numa caixa de leite vazia e esperar com sorrisos silenciosos pelos seus gritos claustrofóbicos. Estremecer o desejo em calafrios e arrepios arredios.
Entender, enfim, que não sou perfeito, que esse meu texto não é perfeito, mas que tudo aquilo que escrevo são pedaços de lembranças com sabor de eternidade, algo assim bem supercalifragilisticexpialidoso, como diria a Morte para seu entediado irmão. E que, por causa de uma palavra tão incomum, descobri essa Morte inusitada nesse vídeo com seus erros e tocando Pink Floyd suavemente.