sábado, 19 de dezembro de 2009


Quase 1 mês sem lançar meus pensamento e considerações por aqui. Essas últimas 4 semanas foram bastante movimentadas para mim, em se tratando de trabalho profissional. Finalizei a edição de dezembro da Revista Folha da Praia, que teve incríveis 80 páginas, com capa promovendo o Reveillon do Batuba Beach. Outra revista que finalizei e entreguei ao cliente foi a Shopping News 2010, que deve sair somente no início do ano que vem. Essa realmente eu devo dizer que fiquei muito feliz em terminar, afinal, foi um desafio ter que fazê-la, pelo fato do cliente ser incrivelmente chato e estressado. Uma surpresa para mim foi ter sido procurado para finalizar a Revista Informa Fácil, de Itacaré. O cliente havia me procurado há 1 mês atrás, e depois de acertar valores e decidir como seria feito o serviço, ele voltou atrás e decidiu fazer ele mesmo a edição. Entretanto, semana passada ele me procurou novamente, um tanto quanto desesperado para que eu finalizasse o quanto antes a revista dele, pois ele havia fechado com diversos anunciantes para a edição de Natal, e estava ficando com prazo curtíssimo para lançar a edição de dezembro. Depois de feito, ele elogiou meu serviço e disse que continuaria a trabalhar comigo. Mais um cliente satisfeito.
Profissionalmente, tudo caminha perfeitamente bem. Serviços aparecendo, elogios dos clientes e sendo bem indicado na área para realizer os trabalhos. A tendência é melhorar, sem continuar nesse ritmo. Entretanto, meus projetos mais importantes e primordiais estão ficando de stand by, o que me incomoda e muito. Continuo escrevendo, e tenho livros para lançar. Procuro apoios, ajuda na assessoria para divulgar minhas obras, mas parece que nada quer acontecer, nada contribui para que meus projetos sigam adiante e rendam resultados positivos. Pessoas surgem com boas intenções e atitudes solícitas. Mas como dizem, de boas intenções o inferno está infestado. E tenho minhas desconfianças silenciosas, o que me deixa com a impressão de que as pessoas falam apenas para deixar transparecer a imagem de prestativas e solidárias. Ou seja, discursos lindos mas atitudes vazias. Minha agonia real reside justamente no fato de não realizar meus melhores projetos, minhas mais fabulosas idéias. Meu medo maior, que consome boa parte de meus pensamentos mais intensos. Luto constantemente para mudar isso. Não quero ver meus projetos mofarem, sucumbindo ao tempo e a inércia daqueles que poderiam me ajudar realmente a torná-los reais. Sinto que travo uma batalha solitária e desigual, onde prefiro superar a tudo e a todos, inclusive a mim mesmo, para que tudo aquilo em que acredito possa se transformar definitivamente nas minhas mais gratificantes realizações. A minha Resistência é formada apenas por mim mesmo e pela força constante em derrubar todos os obstáculos que surgirem na minha frente.
Diante de tudo isso, estou guardando em meu peito certezas luminosas e incríveis, essas certezas que me fazem rir sozinho, sorrir enquanto caminho pela rua, ou que me conforta quando vou me deitar. Certezas sobre amizades e companheirismos, irmandades e sentimentos. Minha grande riqueza que busco ao máximo cultivar da melhor maneira possível, da forma mais positiva que eu puder conseguir, sendo sincero, sendo verdadeiro, sem medo de dizer o quanto gostamos das amizades, dos afilhados e dos irmãos que ganhamos pela nossa vida.
Queria finalizar meu texto com versos poéticos, como sempre costumo fazer, e somente agora é que me dei conta de que creio ter perdido um poema que eu tinha começado a escrever recentemente, se não me engano, na semana passada ou retrasada. Lembro que seu título era Azul e Preto. Ficarei devendo a poesia, pois se eu a perdi, terei que encontrar novamente a inspiração para trazê-la de volta. Agora, se me dão licença, vou ouvir o novo trabalho da banda Muse, o álbum "The Resistance" [não há melhor título para boa parte desse texto que escrevi]. Vestígios de mim poderão se encontrados no meu twitter.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Ultimamente tenho percebido algo pertinente à minha pessoa. É essa constante sensação de lançar projetos que em determinados momentos se perdem pelo caminho, ou ficam incompletos, faltando algum tipo de finalização. Não sei dizer ao certo se tem algo a ver comigo mesmo, como se eu não tivesse o impulso necessário para atingir o alvo escolhido, ou simplesmente falta-me o ânimo e vigor correspondente ao sonho almejado. E depois que percebi isso, comecei a sentir ansiedade por tentar e tentar sempre levar adiante algum projeto ou sonho meu e de repente constatar que posso não alcançar o fim estabelecido para cada um deles. Preciso realmente buscar corrigir esse erro, pois o considero como uma falha minha. Não sei se deva ser associado ao fato de que, em alguns momentos, planejo coisas e por falta de tempo ou disponibilidade, ou até mesmo por dispersão momentânea, não sigo adiante e a finalizo. Enfim, pelo menos estou enxergando essa possível falha em minha pessoa, e quero planejar de fato anular completamente seus efeitos nocivos em mim.
Enquanto isso, minha família se reúne no Rio de Janeiro para um reencontro depois de muito tempo afastados. Minha mãe viajou para o Rio afim de rever os filhos distantes que não via há mais de 15 anos. Depois da viagem, recebi notícias de que tudo correu bem e que ela está se sentindo muito bem tratada na casa de meus irmãos. Fico feliz por isso, apesar de não estar nem um pouco disposto a reencontrar minha família. Não tenho afinidade nenhuma com nenhum de meus irmãos. Apenas minha irmã, a quem tenho um carinho enorme e uma saudade imensa, seria a pessoa que tenho vontade de reencontrar. No mais, tenho ótimos amigos, dois incríveis afilhados e, mais recentemente, ganhei um irmão mais novo fantástico, um irmãozinho mineiro. São essas pessoas que tornam minha vida fabulosamente mais alegre e desafiadora.
Novidades não tenho muitas, mas as que tenho são interessantes. No final de outubro assisti ao show ao vivo do U2 pelo Youtube. Foi a primeira transmissão ao vivo de um show musical na íntegra feita pelo Youtube. A apresentação do U2 foi no Pasadena Rose Bowl Stadium, Califórnia, e durou quase 3 horas. Foi uma experiência diferente e fantástica. Semana passada assisti ao filme 2012, incrivelmente catastrófico. Já comentei isso em meu twitter e repito aqui: nunca vi tanta água e destruição em toda a minha vida cinematográfica. Nem o Cristo Redentor se salvou na história do filme, onde o mundo está literalmente se acabando.
E em se tratando de seriados, descobri a série Lie To Me, exibida pelo canal FOX, e depois que assisti ao primeiro episódio, não parei mais. Apesar de ter assistido, de início, somente o episódio 1, decidi finalmente baixar toda a 1ª temporada e acompanhar a história do Dr. Cal Lightman [foto acima], um pesquisador que se especializa em detectar mentiras, e é capaz de discernir o que é verdade ou não, apenas pelas expressões faciais, vocais e corporais. A série já está em sua 2ª temporada, e estou terminando de assistir a primeira para seguir adiante. Atualmente, é uma das séries que mais tenho recomendado para todos que conheço. Aproveitando que estou falando sobre séries, recomendo outra: Skins, um drama britânico do canal de TV e4 que já está em sua 3ª temporada e que conta a história de um grupo de amigos entre 16 e 18 anos, que vivem em Bristol, em meio a baladas pesadas, encrencas de amizades, conflitos próprios da idade, discussão sobre problemas familiares, sexo e drogas sem meias palavras. A série conta com a participação de Nicholas Hoult [famoso papel no cinema, como protagonista do filme Um Grande Garoto, ao lado de Hugh Grant]. No Brasil, a série é transmitida pelo canal VH1. Para a garotada de hoje, muito melhor do que perder seu tempo assistindo Malhação.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


A vida sempre nos reserva mistérios os quais nos envolvemos de tal maneira que ficamos a buscar respostas e esclarecimentos, caso contrário ficaremos submersos naquele quebra-cabeça com respostas pela metade ou argumentações inconclusivas. Eu sei que a vida, diariamente e mansamente, me envia sinais, recados, avisos, me indicando o caminho mais certo e correto a seguir, aquele caminho cujos passos me darão a sensação de realização plena, de felicidade pelos meus pensamentos, meus atos, minhas ações mais sinceras e silenciosas. Hoje assisti a um documentário na HBO, e enquanto eu assistia, emoções diversas inundavam meus pensamentos. Fui sentindo tanta coisa dentro de mim, que o ambiente de minha casa pareceu ficar do tamanho de minha mão. Sentia tristeza e comoção pelo sofrimento dos pais diante do filho que trazia dentro de si um transtorno bipolar, que o fazia pular da alegria mais extrema em estar vivendo para a depressão mais profunda e perigosa, inserindo em sua jovem mente até a idéia de suicídio. A impotência tomou conta de mim quando eu percebia que, mesmo sabendo de minhas possibilidades e meus potenciais como pessoa para ajudar aos outros e principalmente aos meus amigos, ainda haviam pessoas, jovens que precisavam de uma amizade muito mais forte do que a morte pode parecer aos seus olhos.
Eu sempre tenho a certeza dentro de mim de que as amizades verdadeiras, quando bem plantadas, desenvolvidas e cultivadas, podem superar tudo nessa vida, todos os males, todas os vícios, todas as ignorâncias, todos os sofrimentos, todas as maldades. E enquanto eu assistia o documentário, enxergava o sofrimento dos pais, e principalmente do pai do jovem Evan Perry, presenciando a trajetória dolorosa de seu filho, que enxergava somente na morte única saída contra a sua doença. Em determinado trecho do documentário criado pela mãe, Danna Perry [na foto acima com Evan] afirmava que aos 7 anos, seu filho agia como se fosse um adolescente de 15 anos, com mudanças extremas de humor, pensamentos inconstantes e idéias mórbidas sobre a vida, sobre as pessoas, e sobre ele mesmo. E perguntas saltaram em minha mente, enquanto eu me sentia uma pessoa impotente por saber que pessoas sofrem silenciosamente, e nem nos damos conta: o que se passou na cabeça de Evan, aos 15 anos, ao escrever sua derradeira carta suicida em seu laptop e logo em seguida tirar a própria vida, pulando da janela de seu quarto? Imaginar os pensamentos de um jovem que simplesmente foi engolido por problemas terríveis e angústias aparentemente insolucionáveis pouco antes de sua morte é um desafio forte, muito forte. E diante de tantas perguntas cujas respostas parecem não estar nesse mundo, a única certeza que posso trazer para esse texto que escrevo é a que vai em meu coração: o que eu sempre faço pelos meus amigos verdadeiros, eu poderia ter feito pelo Evan, pela família dele, pela mãe dele, pelo pai dele, pelos irmãos dele. Ser amigo, dar conselhos, orientar, estender a mão, o ombro amigo nos momentos mais difíceis, estar presente nos momentos mais complicados e negros, ser a luz, a direção, ser amigo. É como eu disse para meu amigo Inochi no msn: parece que só eu tenho o "dom" de enxergar tudo aquilo de mais importante e imprescindível na vida e que todos neste mundo aparentemente esqueceram de ver, ou não conseguem mais sentir.

Documentário: Boy Interrupted
EUA, 2008, 98 min.
Produção e direção:
Danna Perry
HBO Documentary Films

domingo, 18 de outubro de 2009


A vida costuma algumas raras vezes me trazer surpresas magníficas que me deixam pleno de felicidade. Eu sei que não é todo dia que você é invadido de repente e de forma inesperada por uma sensação que mantêm teu espírito acima das nuvens. E quando isso acontece na vida da gente, a impressão que se tem é a de que fomos agraciados e escolhidos para viver tudo aquilo o que a vida pode nos oferecer de melhor. Eu me sinto assim hoje, atualmente, ganhando amizades incríveis e verdadeiras, daquelas que te fazem ter a certeza de que você é a pessoa mais rica do mundo, acumulando uma riqueza de valor irreal. O destino é incrível e surpreendente. Tenho amigos fabulosos, dois afilhados fantásticos, e agora acabei de ganhar uma amizade que praticamente se tornou parte essencial de minha existência. Um amigo fabulosoe também meu irmão mais novo, que me cativou, me encantou pela sua sinceridade, sua gentileza, sua amizade pura, seu companheirismo fiel, sua presença sempre marcante. Cativamos, e realmente somos responsáveis pelos amigos que cativamos. E com o passar do tempo, a amizade se transforma em algo maior, mais presente, e se torna sentimento de irmãos.
Criamos laços com pessoas que se tornam mais irmãos do que os próprios irmãos de sangue que possamos ter. É como se a gente se conhecesse há muito, muito mais tempo do que poderíamos definir, uma amizade que ultrapassa os séculos, quebra a barreira das distâncias e nos ensina que o mais importante da vida é saber sentir, aprender a viver e não ter receio em mostrar o quanto você gosta das pessoas que são muito especiais para você.
A vida decidiu me dar mais um presente incrível, uma amizade marcante e que nunca mais esquecerei, um laço de companheirismo que se transformou em um irmão caçula sempre presente. Meu maninho José Sallum [ou poplolxd14, nick usado por ele no Cabal Online, onde realmente nos conhecemos] me conheceu pela determinação e pela persistência que trazia dentro de si, em acreditar na amizade que ele conquistaria pela força de vontade. Não desistiu e foi recompensado, e hoje somos mais unidos do que nunca, pela afinidade e simpatia que cativou um ao outro. Algo que não se consegue explicar precisamente com palavras. É algo que simplesmente acontece, a conexão de amizade, a simpatia mútua, o respeito, o companheirismo, a saudade constante, a certeza de que nem a distância e nem o tempo serão obstáculos para continuarmos sendo irmãos. Podemos não ser irmãos de sangue, mas somos irmãos de espírito, e trazemos essa certeza dentro de nós. Eu costumo deixar gravado em meu blog tudo aquilo que me toca profundamente o coração e o espírito de alguma forma, tudo aquilo que é realmente importante para mim. Logo, nunca eu poderia deixar passar em branco essa amizade que ganhei, esse irmão que ganhei, além da amizade fantástica de seus pais incríveis. E eu posso dizer pra você, maninho, com plena certeza de que deixamos o destino agir e guiar nossos coração, tivemos fé em tudo que acreditamos, e hoje vemos sempre as nossas pegadas sobre a areia fina.

Voce tem sido um bom amigo
Ha muito tempo esta comigo
Os amigos sempre vão e voltam
É sempre assim
Nao importa quanto tempo
Estaremos juntos
Pode crer
De agora pra frente
Nos vamos ficar
Nada vai nos separar
Eu tenho certeza
E vou te falar
Um amigo eu encontrei
Não te deixarei
Com voce eu quero sempre estar
Sempre juntos caminhar
Pra onde nao importará
Viver o poder que nos faz
Amar e assim
Juntos pra sempre viver
Eu pra voce, voce pra mim.


versos escritos pelo meu
mano caçula José Sallum / Pop

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Incrível essa minha capacidade de brincar com as palavras mesmo sem sentir que estou brincando com elas. Hoje me ocorreu algo semelhante, e nunca me passou pela cabeça olhar atentamente a poesia que tinha feito diante de mim. Hoje resolvi ouvir U2 no volume máximo. Então fui escolhendo aleatoriamente as músicas que mais me arrepiam a alma. Fui compondo meu "set list" para escutar enquanto trabalhava. Então, lá pela 3ª música, parei para olhar de fato a lista de músicas escolhidas, e elas me revelaram uma poesia para mim. É um verdadeiro achado lírico, poético e fabuloso. Construí esse meu poema baseado na lista de músicas que decidi ouvir hoje. Senti-me plenamente enlevado, tanto pelas músicas que escutava quanto pela poesia que havia "acabado de reconstruir". É fácil como consigo enxergar poesia em tudo, até mesmo numa lista de músicas que escuto. Reconstruí e transformei o que estava diante de mim, e tive a sensação de que o poema esteve sempre ali, latente, pulsando, pedindo para ser desvendado, descriptografado, destruído e reconstruído. Senti realmente que foi uma sangria inevitável e continuada de lirismo, impregnada não apenas nas canções que eu escutava, mas também nos títulos das músicas e na forma como elas se apresentaram aos meus olhos de poeta. As palavras dos versos que estão em negrito são as palavras que inseri entre os títulos para dar sentido à construção das frases.

Amo você também

Amor perpétuo é
A origem da minha espécie

daqui a pouco estarei
encarando o sol

papai irá pagar pelo seu carro batido
até o fim do mundo

Cidade da Colina Vermelha
Mau caminho

Levante-se, isto é hilário
Eu Vou Ficar Louco Se Eu Não Enlouquecer Esta Noite

Continue em frente pois
Alguns dias são melhores que outros

Caminhos misteriosos até
A chama inesquecível

Você se sente amado?
Magnífico
porque eu amo você também.

por Ulisses Góes, baseado em títulos de
canções da banda irlandesa U2.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009


Estou contaminado pela idéia de poder lançar meu livro. Pelas minhas veias circulam agora êxtase, excitação, determinação e felicidade. Estampa-se em minha face o retrato de quem respira novos ares e corre atrás da realização de seus sonhos mais antigos, exatamente aqueles que nascem na nossa infância descontraída e sincera. A notícia fabulosa enfim chegou aqui em meu blog e inundou completamente minhas palavras, meus pensamentos, minha liberdade grata de escrever aqui, mesmo que tudo o que eu escreva aqui neste momento seja lido por meia dúzia de pessoas. Estou contaminado pela idéia de meu livro ser lançado. No final de agosto recebi um email da Editora Novo Século, de Osasco, na Grande São Paulo, informando que o original de Efeito Cacaos foi aprovado por eles e que começará a ser produzido agora no final de setembro, para ser encaixado dentro da Coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira, com lançamento marcado para abril de 2010.
Estou embriagado por essa idéia, vivendo um porre constante e homérico, dormindo, acordando e respirando essa idéia 24 horas de cada dia de minha humilde vida. Não posso perder essa oportunidade e nem perderei. Deixo gravado aqui essa minha determinação de seguir adiante com meu objetivo de lançar meu livro, livro esse que foi forjado com sofrimento, tinta e papel há eras atrás, no florescer de minha adolescência. Esse meu texto inebriante tem a trilha sonora do álbum Viva la Vida, do Coldplay, e pode ser apenas coincidência ou não, mas estava apenas disposto a ouvir o álbum, mas não determinado a escrever estas palavras contaminadas de êxtase e felicidade. Respiro a mais pura alegria. Para todos os meus amigos, meus dois afilhados e irmãos de coração, não de sangue, deixo a afirmativa flamejante de que nunca devemos desistir de nossos objetivos e sonhos, nunca devemos desanimar diante de obstáculos, nunca devemos parar diante da solidão de nossa idéias, quando parece que somente você acredita naquilo que está fazendo e planejando. Seguir adiante, mesmo que seus passos sejam silenciosos e suas atitudes se mostrem mínimas. Seguir em frente, sob a chuva de setembro, o sol morno de dezembro, atravessando os desajustes da vida.
E aproveitando a oportunidade, gostaria realmente e imensamente de agradecer ao blog Meme de Carbono, por ter indicado meu blog entre 5 escolhidos no blog day 2009. Sua atitude conseguiu mostrar que estou sendo garimpado e encontrado pelas pessoas por esses veios virtuais da internet. Gosto quando percebo que as pessoas estão se deixando contaminar pelo meu blog. Minhas palavras são contagiosas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Cada um vive de sonhos, esperanças, metas, objetivos. Quem não as tem, está fadado a caminhar a esmo sem direção, desorientado em pensamentos e atitudes vazias. Eu tenho um sonho, uma meta, um objetivo: ser, antes de tudo, antes de mais nada, e antes de qualquer outra coisa, escritor. Já lancei livro? Já, em meados de 2001. Mas isso não basta para mim. Quero lançar mais e mais obras, poder sentir a presença de milhares de leitores a ler meus versos, minhas prosas, minhas histórias. Quero sentir a presença de pessoas intelectuais tentando decifrar, através de estudos e palestras, cada um dos meus versos que esconde, em seu íntimo, uma verdade minha. Quero sentir cada pessoa se emocionar ao ler um poema meu, quero poder me emocionar ao escutar alguém musicalizando versos meus. Quero tudo isso, a apenas tudo isso.
Um homem deve e pode, livremente, viver em busca de seus sonhos mais sinceros e desafiadores. Nunca desistir, nunca desanimar, por mais dilacerante que seja a situação, por mais sofrível que seja o momento em que viva. Eu escrevo, e porque eu escrevo? Nem eu sei explicar. É algo inerente à minha pessoa, ao meu ser, ao meu espírito. Escrevo porque flui, porque pulsa, porque jorra, porque explode, tal qual uma Supernova na imensidão do espaço. Tudo que vivo e já vivi, transformo em poesia. Minhas dores, minhas alegrias, meus amores, minhas amizades, músicas e momentos, situações e pessoas. Não sei se sou eu que abraço o mundo com poesia, ou se é o mundo que me abarca com emoções únicas. O que posso apenas dizer é que eu me realizo escrevendo, me sinto eu mesmo, me sinto livre e desgarrado desse mundo. Agora estou sorrindo. Provavelmente porque me senti realizado agora escrevendo todas essas palavras verdadeiras nesse texto.
Não me recordo se já divulguei esse meu poema abaixo, mas de toda forma, posto ele aqui, pois já faz um bom tempo que não publico poemas meus aqui em meu blog. Já estava mais do que na hora de lançar mais versos por aqui.

Supernova

partículas flutuantes despedaçadas pelo ar
antes do café e logo depois do jantar
por dentro e por fora a ruptura que te envolve
mostra que universo te pertence e te devolve
em goles mansos de sentimentos mornos

você caminha devagar e aponta o Sol
seu sorriso devolve minhas esperanças sequestradas
minha fé aniquilada minhas preces espatifadas
o caminho que eu sigo vem de teus traços
desenhados por você com mel e grafite
e tudo o que em mim respira e existe
se define pelo brilho cândido de teu olhar
por dentro e por fora a ruptura que me envolve
mostra o Tempo o meu sentimento o teu rosto

o som de tua voz escorrega em meu pensar
pintando quadros nas janelas que abri
criando linhas de distorção onde velejo suave
nesse teu mar de palavras e risadas

partículas despedaçadas flutuantes pelo ar
lá fora na escuridão sobre o Mar
farelos luminosos molhando teus cabelos de Sol
cegando minha visão me fazendo mais te amar
tu perfeitamente me fazes sonhar
antes do café e logo depois do jantar
Tua face me aquece nesta minha febre de viver
de sabores poesias biscoitos passeios eu e você.

por Ulisses Góes

quinta-feira, 23 de julho de 2009


E aqui estou eu, mais uma vez, presenciando pela internet e acompanhando, admirado, mais um tour do U2. Um espetáculo de produção, como sempre tem sido as tours da banda. Depois de lançado o álbum No Line On The Horizon [2009], eles colocaram o pé na estrada e iniciaram sua mais recente maratona de shows, que acontecerão pelas principais cidades de diversos países. Recordo-me de ter assistido ao show da Vertigo Tour, em 2006, pela TV, e na ocasião deixei até meu registro e considerações do que vi aqui em meu blog. Na época, foi fascinante e envolvente, e agora, mais do que nunca, na rapidez virtual da internet, logo após eles abrirem a 360°Tour em Barcelona, na Espanha, no último dia 30 de junho, na manhã seguinte eu já estava escutando o show e sentindo arrepios por todo o corpo. Algumas músicas que não lembro de nunca terem sido tocadas antes em show, agora fazem parte do setlist e me emocionaram, como In A Little While e The Unforgettable Fire, algumas de minhas favoritas.E como tem ocorrido recentemente pelo mundo afora, houve espaço para Bono inserir uma homenagem para Michael Jackson, cantarolando trechos de Billie Jean e Don't Stop 'Til You Get Enough. A foto acima é do show que ocorreu em Paris no último dia 11 de julho. Eu sonho em poder assistir ao vivo um show do U2 aqui no Brasil. Apesar de já ter planejado tantas vezes anteriormente ir ao show da banda e nunca ter conseguido realizar esta façanha, ainda tenho esperança de um dia realizar este sonho antigo. O mundo dá suas voltas e, quem sabe, eu esteja girando e indo de encontro ao meu sonho, sem que eu saiba.

Vá, grite alto, erga-se
Escape de si mesmo e da gravidade
Ouça-me, pare de falar, para que eu possa falar
Silêncio agora
Encerre o programa e mova para a lixeira

Unknown Caller - U2
álbum No Line On The Horizon [2009]

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Esses últimos dias o mundo inteiro sentiu-se sacudido pela notícia da morte de Michael Jackson. Até eu mesmo fui pego de surpresa enquanto dava um giro pelos canais e parei subitamente na MTV, batendo de frente com o fatídico anúncio. Inegavelmente, Michael era um extraordinário astro multifacetado, cantor, dançarino, bailarino, compositor, produtor. Seu legado musical acaba superando os Beatles e Elvis, quando se trata de hits que circularam nos topos das paradas por todo o mundo, isso sem falar nos milhões de discos vendidos, nos clips antológicos, passos de danças que viraram sua marca registrada. Assim como foi sua vida, sua morte se envolve em mistério incrível, e até o momento [pelo menos até que os legistas concluam suas autópsias] ninguém tem certeza de como ocorreu e dos motivos da morte de MJ. Excesso de medicamentos prescritos por médicos ligados ao cantor indicam que ele levava uma vida a base de anestésicos fortes. Eu concluo apenas que Michael levou uma vida marcada por traumas, complexos, problemas emocionais, ausência de uma infância sadia, infância essa que ele só recuperou e desfrutou de fato depois de adulto, o que ele não escondia de ninguém. Muito provavelmente, Michael era apenas um crianção, um moleque brincalhão que apenas queria aproveitar aquilo que seu pai havia lhe tirado, a sua infância. E muito provavelmente, estigmatizaram Michael com uma imagem negativa, como um provável pedófilo, um abusador de criancinhas inocentes. No último domingo, o Fantástico mostrou uma longa matéria sobre Michael Jackson em sua intimidade, no rancho Neverland, revelando um verdadeiro crianção, em vez do propalado pedófilo, numa reportagem sem sentimentalismo ou pieguice.
Infelizmente [e isso é uma verdade], a humanidade, em seu atual estágio evolutivo, prefere apenas enxergar o lado negro, ruim, sujo de cada ser humano, e considerar que esse seja o único lado que prevalece em todos nós, como se em cada pessoa inexistisse o lado bom e iluminado. Claro que ninguém nesse mundo é perfeito e somente bonzinho. Mas convenhamos que todos nós trazemos dentro de nossa alma os dois lados da mesma moeda, o bom e o ruim, a luz e a escuridão, cabendo a cada um escolher qual face pretende potencializar e qual caminho trilhar. Se a maioria das pessoas fosse mais esperta, descobriria que se aprende muito observando a vida das pessoas, mas apenas observando, sem julgar ou criticar de maneira negativa. Aprende-se muito, tantos com os acertos como com os erros.
Esse mês meu blog completa 4 anos de uma existência virtual repleta de textos filosóficos, poesias, descobertas musicais, desabafos silenciosos, coletânea de experiências de minha vida, opiniões sinceras. Durante todo esse tempo, fiz o máximo para que ele sempre se mantivesse atualizado, como um diário-observatório onde relato todas as minhas impressões sobre esse mundo incrível que me cerca nesta minha existência. Tanto já vi e vivi, e sei que ainda há muito a ser visto e vivido. E eu sei que tenho esse dom magnífico de se deixar ser contaminado por idéias, sensações, sons, palavras e sonhos. Quem sabe, algum dia, tudo isso aqui não vire um saboroso livro a ser degustado sem qualquer pretensão? No mais, estou por enquanto me preparando para ouvir o novo trabalho da banda Placebo, intitulado Battle For The Sun [cuja capa aparece logo acima no início de meu texto], e mais tarde assistir mais um episódio da 2ª temporada de True Blood. Qualquer coisa, deixo pegadas no meu twitter: http://twitter.com/csipatofu

segunda-feira, 8 de junho de 2009


Sempre que ando pelas ruas e encontro alguém conhecido, escuto aquela frase óbvia e irritante: "Sumiu por que?" E eu sempre tenho vontade de soltar respostas violentas e penetrantes, mas me contenho. Apenas retruco: "Eu sumi? Não sumi, apenas você que não me encontra onde estou". E fico sempre pensando porque raios as pessoas sempre soltam aquelas frases óbvias, aquelas perguntas repetitivas e com questionamentos sem qualquer profundidade de desafios a serem desvendados. E você, que está lendo estas minhas linhas neste meu blog irá questionar o motivo pelo qual estou filosofando acerca dessas situações enfadonhas do cotidiano. É simples a resposta. Não tenho deixado muitas palavras nesse meu blog ultimamente, e isso significa que ando sumido daqui há algumas semanas. E se perguntarem por onde andei, digo apenas que estava ocupado me contaminando com mais algumas idéias que tive. Uma delas é um novo livro que estou escrevendo, baseado em um jogo online que curto muito, o Cabal Online. Antes da história toda rodar em minha mente, o livro já tinha título: As Crônicas de Nevareth. Uma história ambientada em um outro universo místico, misterioso, fabuloso, fantástico, maravilhoso, mesclando elementos de RPG, anime, desenho animado, ação, e referências à nossa própria cultura ontemporânea atualizada por violências, guerras, batalhas diárias que sempre travamos não apenas com o mundo ao nosso redor, mas com a gente mesmo. Guerras internas, entre nossos lados diversos, antagônicos. Quem quiser ler os primeiros capítulos do livro, acesse o blog As Crônicas de Nevareth que criei especialmente para as Crônicas.
Eu mesmo diariamente tenho que enfrentar meus demônios interiores e dominá-los da melhor maneira que puder, enganá-los, ludibriar suas vontades e desejos, bater de frente e olhar em seus olhos vermelhos acesos e não fugir diante das ameaças. Diariamente fazemos isso, ao nos depararmos com escolhas, encruzilhadas, cruzamentos, decisões difíceis, onde nos colocamos à prova, colocamos na berlinda nosso caráter, nossa honra, nosso nome, nos expondo através de palavras, opiniões, frases, olhares e sorrisos.
Meus demônios, eu os mantenho sob total controle, observando à uma distância segura, e mesmo que eles fujam, eu tenho total certeza de que sou forte o suficiente para trazê-los de volta antes que ocorra o pior. Isso é o que eu chamo de estar bem consigo mesmo, tendo tudo sob controle, pelo menos no que diz respeito a você mesmo. Porque sabemos que ameaças externas são perigos constantes que enfrentamos e que não podemos controlar. Os passageiros do voo 447 do avião da Air-France que caiu no Atlântico não tinham como saber do trágico destino que os aguardavam. Logo, antes de sair em batalha com o mundo lá fora, o melhor que se pode fazer primeiro é enfrentar seus perigos interiores, seus demônio mais pavorosos escondidos no fundo de sua alma. Acredito que, no meu caso, eu sei como enfrento meus demônios. Eu os prendo todos em meus escritos, meus versos, minhas histórias, selando os destinos deles para sempre.
E como havia dito, andava ocupado me contaminando com idéias, imagens, textos, livros, animes. E finalizo com uma ótima dica de anime para ser visto com atenção: Mushishi, um anime leve, fabuloso, místico, sobrenatural. São apenas 26 episódios, mas com histórias incríveis, fantásticas e envolventes. Passei 1 semana sendo contaminado por este anime. Um dos motivos de minha ausência aqui em meu blog. A seguir, o vídeo de abertura do anime, com a música tema "The Sore Feet Song".

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


E eis que surge um turbilhão de novidades, em meio a essa época carnavalesca. Como eu não gosto de Carnaval, procuro ocupar meu tempo disponível com coisas que eu, particularmente, considero bem mais atrativas e interessantes. Como por exemplo o álbum novo do U2, No Line On The Horizon, que apesar de todos os esforços da banda e da gravadora, acabou vazando na internet, para alegria dos fãs. E o que dizer de um trabalho incrível que já foi proposto pela revista Rolling Stone como sendo um novo clássico do U2, recebendo 5 estrelas na crítica da publicação. E uma das melhores definições que eu considero perfeita para o trabalho mais recente do U2 partiu de uma crítica brasileira Uliana Resende, da BR Press, que o qualificou como um disco-esfinge. Decifra-me ou devoro-te. E realmente, trata-se de um disco ao mesmo tempo vigoroso, inventivo, experimental, pesado e que remete a diversas fases e sonoridades de toda a carreira do U2. Tudo indica que o disco já nasceu como um clássico, um novo divisor de águas na trajetória musical da banda. Cito três músicas que considero as mais fabulosas: No Line On The Horizon, Magnificent e Stand Up Comedy.
Outra novidade que ando escutando por esses dias é o álbum novo da banda escocesa Franz Ferdinand, intitulado Tonight Franz Ferdinand, esse também mais um trabalho que curti bastante. O curioso é que inicialmente baixei esse álbum porque havia uma música com meu nome, e eu queria ouví-la, e saber que tipo de sonoridade brotava de Ulysses, o primeiro single da banda. De acordo com a banda, eles escreveram essa música, assim como todo o restante do álbum, baseada na obra Ulysses, do escritor irlandês James Joyce. Assim como o livro, que conta a história de um dia na vida do personagem, o trabalho da banda tenta mostrar tudo o que poderia acontecer em uma noite na vida de alguém. Can't Stop Feeling e Lucid Dreams são músicas incríveis, apesar de que eu preferi a primeira versão desta última, divulgada antes do álbum ser lançado.
E ontem assisti a 81ª festa de premiação do Oscar na TNT [já que a Globo tomou uma decisão ridícula e infeliz de transmitir o Desfile das Escolas de Samba do Rio ao invés da premiação], que este ano mostrou um produção mais modesta, num formato mais diferenciado dos anos anteriores, numa apresentação até mais rápida e dinâmica, e com resultados incrivelmente globalizados. Quem Quer Ser Milionário?, uma produção dirigida por um inglês e com atores indianos acabou levando 8 das 10 premiações as quais estava indicado, inclusive o de melhor diretor e melhor filme. A foto acima é da pequena indiana Rubina Ali Qureshi, 9 anos, atriz-mirim que atuou na produção [Foto Gautam Singh/AP]. Outro filme que liderava as indicações, com um total de 13, era O Curioso Caso de Benjamim Button, que acabou levando apenas 3, melhor efeito especial, melhor maquiagem e melhor direção de arte. E Heath Ledger foi homenageado com um Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante devido ao seu trabalho como Coringa por Batman - O Cavaleiro das Trevas. O prêmio foi recebido pelos pais e a irmã do ator. Por incrível que pareça, um filme que ainda não assisti e que tenho imensa curiosidade em ver por causa da tão comentada atuação de Ledger. Eu já assisti Batman Begins e considerei o melhor filme até então feito sobre o herói. E após assistir na íntegra a premiação do Oscar, percebo que, enquanto o nosso Brasil se rende a tantos festejos momescos, a Índia brilha ofuscante agora com sua produção oito vezes oscarizada.
Para terminar, dois fatos importantes que estou procurando desenvolver ao máximo e torço para que dê tudo certo em ambos: o primeiro é um livro que estou escrevendo chamado As Crônicas de Nevareth, baseado em um jogo MMORPG, Cabal Online, e o segundo é a proposta de uma editora de São Paulo em analisar meu livro Efeito Cacaos e ver as possibilidades reais dele ser lançado. E atualmente, isso é tudo o que mais desejo que se realize, basta eu acreditar.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Acredito que, atualmente, para a maioria das pessoas, está sendo uma tortura estar vivo e interagir com outros seres humanos. Eu percebo isso observando o cotidiano de muita gente que demonstra uma dificuldade enorme em superar conflitos, anular brigas e discussões desnecessárias. Elas parecem realmente estar em guerra constante, jogadas em trincheiras amaldiçoadas e imundas, lutando para sobreviver e seguir adiante, dia após dia. É lamentável, mas é uma verdade cruel. Diante dos fatos, começo a realmente me sentir um óasis vivo, isolado em minhas calmarias, imune à qualquer tipo de selvageria ou decadência sociológica que possa invadir minha vida. O mundo se tornou um inferno onde o homem cria outros tantos.
Ontem à noite, aqui perto de minha casa, um homem em uma moto foi atropelado por um ônibus. Morreu no choque, e chamou a atenção de milhares de curiosos que queriam ver seu corpo inerte, seu sangue no asfalto. ontem, o proprietário da casa onde moro resolveu discutir comigo, e eu, acostumado a usar de diplomacia e bom senso, decidi usar um dircurso defensivo e mostrar que não estou apto a certos tipos de pressões ridículas.
O mundo é esse retrato rápido de situações que acabei de pincelar. Violência, stress, revolta, caos, sangue no asfalto e no olho. E eu me sinto cada vez mais rodeado de um mundo revoltado, enquanto me defendo em meu oásis, buscando o máximo possivel ter o mínimo de problemas que puder. Até porque, por mais que tentemos, nunca estamos livres de um problema ou outro que apareça em nosso caminho.
Diante de tanto caos, abro um parênteses para demonstrar minha alegria e abençoar a maravilha tecnológica que é a internet. Depois de muitos anos, semana passada meu irmão Miro, a quem eu não via há mais de 10 anos, entrou em contato comigo. Antes havia sido minha irmã Zélia e meus sobrinhos Hemilly e Wasley que haviam conseguido me encontrar no orkut. E na semana passada foi a vez da mulher de meu irmão, Priscila, me encontrar no orkut e pedir notícias da família distante. Conversamos bastante pelo msn, os irmãos reunidos numa conferência via msn, coisa realmente inédita para essa família tão fragmentada e desconexa por tantos anos. Fiquei contente, e minha mãe mais ainda, por rever o filho distante.
Engraçado esse mundo de hoje. Sendo destruído e se revolucionando ao mesmo tempo.

E antes que eu me esqueça, a imagem que ilustra esse texto que escrevi é da contracapa do mais recente álbum do Guns N'Roses, Chinese Democracy, que eu estava ouvindo enquanto escrevia estas linhas. Para quem passou a adolescência ouvindo a voz cortante de Axl Rose em verdadeiros clássicos, nada mais adequado como trilha sonora para nossos tempos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009


Hoje o U2 lançou finalmente seu novo single, o tão aguardado Get On Your Boots, que estará no próximo álbum da banda intitulado No Line On The Horizon, álbum esse já catalogado em minha extensa lista de coincidências existentes em minha vida. A primeira audição da nova canção do U2 já me remeteu a um som setentista, principalmente a bateria de Larry que, juntamente com a guitarra poderosa de Edge e o baixo de Adam, parecem ter absorvido uma sonoridade semelhante a de bandas como Led Zeppelin, uma das influências já declaradas pela banda nesse novo trabalho deles. Não fiz comparações com outras músicas anteriores de sucesso do U2, até porque seria um equivoco fazer isso. Como eu deixei claro em uma discussão na comunidade da banda no orkut, é preciso limpar nossas mentes e esquecer todas as músicas anteriores do U2 e ouvir essa nova música como se fosse a primeira vez que se estivesse ouvindo U2. Ainda estou absorvendo o que estou ouvindo de novidade em Get On Your Boots, e o que posso dizer no momento é que o som é renovado, diferente do que o U2 já tenha feito antes. E Bono solta mais uma pérola na letra dessa nova música:

"I’ve gotta submarine
You’ve got gasoline
I don’t wanna talk about wars between nations"

A propósito, a foto acima é da banda na cidade de Fez, em Marrocos, onde gravou partes do novo álbum No Line On The Horizon.

Lara retorna
E depois de tanto tempo longe de minha musa arqueóloga, aqui estou eu novamente jogando mais uma versão de Tomb Raider. Meu amigo Oroga trouxe para mim, de presente, a edição de aniversário intitulada Tomb Raider Anniversary, que comemora os 10 anos de lançamento do jogo de Lara Croft. Na verdade, essa versão é apenas um remake de Tomb Raider 1, com a diferença dos gráficos avançados e muito melhorados, além de utilizar a engine do jogo Tomb Raider Legend e alguns de seus recursos de jogabilidade. Sensação de nostalgia estar jogando mais uma vez este jogo, e para mim que já zerei as cinco primeiras versões do jogo, é excitante poder enfrentar novos desafios com Lara Croft. Era incrível jogar, pois o desafio de zerar demorava alguns meses, já que naquela época ainda não havia internet para podermos buscar tutoriais ou trocarmos idéias com outros jogadores sobre como passar pelas fases ou superar inimigos no jogo. Hoje a diferença está na facilidade em obter informações sobre o jogo e na rapidez com que se pode zerar um game, quando você está muito mais familiarizado com os desafios.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


Minha vida é feita de experiências e coincidências. E mais uma dessas coincidências surge para se juntar a milhares de outras que ocorreram comigo e me fizeram rir e achar tudo uma constante brincadeira do destino. Mês passado eu havia ido a Ilhéus em um dia de chuva e pude admirar, fascinado à beira da praia em Olivença, um tempo fechado, cinzento, nublado, chuvoso, e um horizonte sem linha, o que fazia com que o mar se fundisse com o céu. Nunca havia visto aquela paisagem antes. Agora vem a fabulosa coincidência. Dias depois, antes do ano terminar, descubro através de informações e notícias divulgadas por fãs em comunidades no orkut que o U2 irá lançar seu próximo álbum no inicio deste ano de 2009. Agora você fica a se perguntar onde está a coincidência nisso tudo. E eu respondo: o nome do novo álbum do U2 é No Line On The Horizon.
De certa forma até já me acostumei com essas situações misteriosas que ocorrem sempre em nossas vidas. Entretanto, ainda fico pensando sobre coincidências. idéias e imagens que visualizo em minha mente e que, tempos depois, se realizam de maneira surpreendente. Talvez minha mente apenas processe diversas informações ao meu redor e consiga antecipar resultados óbvios como eventos lógicos. Imaginar um determinado prédio sendo construido em um terreno baldio 10 anos antes do mesmo ser erguido. Escutar as músicas de uma banda que ninguém sequer conhece, e seis meses depois essa mesma banda virar o sucesso do momento. Assistir episódios de uma série pouquíssimo conhecida, e tempos depois constatar que essa mesma série agora passa em alguns canais e é líder de audiência. Se interessar por um determinado assunto, pesquisar e ler livros a respeito, e em seguida ver, surpreso, que esse mesmo assunto se transformou em notícias e reportagens na TV. Coincidências? Ou o inconsciente coletivo em funcionamento constante? Seria uma predisposição nossa em conseguir antever as tendências sócio-culturais de um imenso grupo de pessoas? Cada um que procure encontrar suas próprias respostas.
Voltando ao novo trabalho do U2, o primeiro single do álbum "No Line on the Horizon", "Get On Your Boots", terá seu lançamento nas rádios do país, no dia 19 de janeiro, e a banda se apresentará no Brit Awards no dia 18 de fevereiro, onde tocarão o primeiro single do novo álbum. Enquanto isso, eu aguardo ansioso por ouvir novas músicas de uma das bandas que mais curto, e contabilizo mais uma estranha coincidência em minha vida.

domingo, 4 de janeiro de 2009


Passada a euforia das festas de final de ano, os brindes, os brilhos e luzes dos fogos de artifício, todos voltam à normalidade do dia-a-dia, certos de que estão começando novos ciclos em suas vidas. O que ninguém percebe é que o único ciclo que se fechou para que outro se iniciasse foi o ciclo temporal, esse de dias, meses e anos que rege a vida de toda a humanidade. De resto, nada mudou tão significativamente. A vida segue em frente, com sua rotina de compromissos, trabalhos, família e contas a serem pagas. Basta ligar a TV e assistir aos noticiários mais atentamente. Os conflitos na Faixa de Gaza continuam, a atual crise econômica mundial permanece, a violência urbana continua a ocorrer de maneira assustadora, as chuvas em Santa Catarina continuam a cair.
Não quero me mostrar pessimista ou negativo quanto aos planos de todos para este ano que se inicia. Apenas procuro observar o mundo de maneira mais realista e sem essa ilusão de considerar que tudo vai melhorar este ano. Sou otimista, mas com bom senso e inteligência. Todos sabemos que o mundo está atravessando um período muito turbulento cheio de crises, guerras, violências e diversas outras pequenas desgraças que nos alertam para o que está ocorrendo e para o que está por vir ainda. E justamente por causa disso é que, antes de sermos otimistas, devemos ser realistas. E não precisamos de festas de fim de ano para que nos confraternizemos e busquemos repensar e reavaliar nossas vidas, fazendo novos planos para o futuro. Se o mundo passar por mudanças profundas e drásticas em breve, pode ter certeza de que tais mudanças não irão esperar o dia 31 de dezembro para ocorrerem. Por isso devemos ficar atentos, e observar que nossas próprias mudanças pessoais devemos fazer em qualquer tempo, em qualquer época, independente de que seja final de ano para que possamos dar o primeiro passo para realizar tudo o que sempre planejamos fazer.
Como eu mesmo escrevi há um ano atrás, não preciso que um ano se inicie para que eu decida que ciclos e períodos em minha vida terminaram e outros tiveram início. Meus ciclos seguem andamentos próprios regidos por mim, começam e terminam quando eu considero que eles devam ser iniciados ou finalizados. Todos deveriam pensar assim, e buscar agir de maneira mais independente, sem ter que aguardar Natal ou Ano Novo para reavaliar suas vidas e colocar em prática seus projetos, seus sonhos e buscar alcançar seus objetivos estabelecidos.
E agora, somente perto do final do texto, lembrei de falar sobre a última vez que fui à praia. Semana passada, dois dias antes do final do ano. Fui a trabalho, receber um pagamento. Tempo fechado, chuvoso, uma garoa fina caindo, nuvens pesadas no céu. Logo após sair do Morro dos Navegantes, na estrada Ilhéus-Olivença, fui andando pela beira da pista em direção a um ponto de ônibus próximo. Andava sempre observando o mar, e puder ver algo que nunca havia visto antes. Não havia linha do horizonte na paisagem. O tempo estava tão fechado que o mar e o céu se confundiam numa paisagem acinzentada. Fiquei fascinado e hipnotizado por longos minutos, antes de pegar o ônibus de volta pra casa.
 
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