sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Em um mundo tão conturbado e violento como o nosso atualmente, vivendo esses dias de cão, entre notícias sangrentas e imagens aterrorizantes, nada mais justo do que buscar um refúgio longe das trincheiras da guerra diária e do cotidiano sufocante. E eu encontro esse refúgio na música, buscando em meu acervo pessoal algo que acalme nossos ânimos e nos faça relaxar os pensamentos, nos envolvendo num mantra espiritual.
Entretanto, estava eu ouvindo algumas músicas da banda britânica Suede, e tive a idéia de garimpar algo mais da mesma, quando me deparo com álbuns solo de seu vocalista Brett Anderson. Encontrei o álbum mais recente, Wilderness, que acaba de ser lançado, e decidi fazer uma audição do mesmo, até como uma forma de escapar de algumas rotinas desses dias, me largar um pouco de fóruns, jogos, trampos, entre outros pequenos detalhes do cotidiano. O que me chamou a atenção para o álbum é que o mesmo soa triste e melancólico, num cortejo sonoro de piano e cordas. A sonoridade pode se mostrar triste e obscura, porém nos remete à condição de reflexão e serenidade. Belíssimas canções, como A Diferent Place, The Empress e Funeral Mantra, tocantes e magníficas.
Gosto da banda Suede desde o primeiro momento em que ouvi muitas de suas canções, mas agora sinto uma atração sincera pelas músicas desse novo álbum de Brett, um acústico que nos evoca à introspecção.
Esta calma madrugada agora é o meu refúgio. E em meu refúgio busco o calor de minhas palavras. Isso realmente me faz muito bem.

offline
Em diferentes lugares cai a mesma chuva mansa
molhando olhares de arrependimentos
e pensamentos melados de dúvidas
Em meu refúgio busco o calor de minha palavras
que brotam de madrugada e se proliferam
através do vento frio de dias nublados.

Meus passos encontram poças e pessoas
mas estou distante pensando momentos
Recordando sorrisos de avelãs
Observando as cinzentas nuvens de lãs
desenhando um horizonte pálido e turvo.

Doces lembranças assombrando escuridões inertes
Amargo som do silêncio de sabor ensurdecedor
Minhas palavras surgem como lampejos de flashs
Para que eu não me sinta como um Imperador
isolado em um palácio de solidão embriagadora.

Por Ulisses Góes, agosto 2008.

sábado, 2 de agosto de 2008


As adversidades do momento realmente me forçaram a escrever por aqui novamente. Claro, tantos e tantos dias dividido entre o trabalho e a diversão acabaram realmente por me tomar praticamente todo o tempo disponivel para escrever algumas linhas momentaneas sobre meu cotidiano sem grandes catástrofes pessoais. Na realidade, estou aqui por causa de minha placa de vídeo, uma NVIDIA GeForce 6800 GT, que pifou de vez, creio eu, fazendo com que eu fique impossibilitado de jogar Cabal Online. Essa é a verdade. Aqui estou, exercitando meu português e expondo um pouco mais de mim em cada linha e cada palavra. Acredito eu que minha placa de vídeo pifou devido a maldição lançada por um amigo meu que também joga Cabal online, um advogado maldito conhecido pela alcunha de rgroba. Foi realmente a maldição de Rgroba que agora me impossibilita momentaneamente de jogar. Maldito Rgroba!
A rotina caminha constante, sem atropelos, sem tsunamis de outrora, que me lançavam em correntezas perigosas de sensações e emoções fantásticas. Olhando para trás, vejo o quanto eu fui dominado pelas minhas emoções, meus sentimentos. Hoje eu me sinto vivendo um período light, clean, como diria minha ex-professora de Teoria da Literatura [saudades dela e dos tempos da faculdade], vivendo deliberadamente organizado, um pouco menos do que antes, mas uma organização mais simples e sem stress. Sei que tudo acontece e acontecerá em seu devido tempo e circunstância, e não me abalo por mais quase nada. Algumas vezes, fico receoso que tal situação seja perigosa, essa de não se abalar por nada, pois fica-se a sensação de pura apatia, como se estivesse acomodado, largado em uma rotina a qual já se acostumou.
Não quero me acostumar a rotinas, nem me largar e me acomodar de forma alguma. Quero estar sempre disposto a tocar meus projetos adiante e sentir novos ânimos soprarem diante de mim. Meus livros serão lançados, meus versos serão lidos por muitos, meu site de jogos continuará crescendo cada vez mais, e, quem sabe, eu lance todo o conteúdo deste blog em um livro, cuja leitura será agradável e nostálgica, uma reunião de lembranças marcantes e de versos significativos.
Há males que vêm para o bem. Só espero trocar o quanto antes minha placa de vídeo por uma nova, e resolver de vez esse pequeno contratempo tecológico em minha vida. Enquanto isso, vou escrevendo alguns versos ouvindo algumas canções de Suede. Ou seja, vivendo cada momento e cada segundo. Ah, na foto acima, eu, minha amiga Fatally e meu afilhado Seraph, na rodoviária de Camaçari, momentos antes de voltar para casa.
 
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