sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O filme estrelado recentemente por Will Smith é emblemático. Silencioso, impactante, Eu Sou a Lenda trabalha de forma impactante a questão temerosa da Humanidade com relação a sua frágil condição sobre a face da Terra. Uma possível extinção da raça humana através de uma catástrofe de proporções gigantescas sempre rondou o nosso imaginário, e quando um filme toca nesse assunto, sempre ficamos a nos questionar e a pensar sobre isso. Temas como esses me atraem literariamente falando, e me vejo constantemente visualizando pensamentos, idéias, conjecturas, me proponho histórias e relatos fictícios. Meu livro Cacaos, ainda não publicado, é a prova definitiva do quanto esse tema sempre atual me hipnotiza e me induz a escrever sobre esse tema desafiador.
Em meu livro, um jovem retorna para sua terra natal após alguns anos vivendo nas metrópoles do sul do país. Na realidade proposta pelo meu livro, o mundo está mergulhado em uma guerra mundial que pertuba a todos, também apreensivos pela possível queda de um meteoro em nosso planeta. No meio de sua viagem de retorno, o jovem acaba sofrendo um acidente no ônibus no qual viajava. E após o acidente, ele acorda ferido, sozinho e sua última lembrança foi ter visto um clarão forte na linha do horizonte. E é justamente nesse ponto que meu livro e o filme estrelado por Will Smith se aproximam muito. Catástrofe mundial, possível extinção da raça humana, e alguém sozinho vagando em lugar deserto, buscando encontrar sinal de vida.
Esse tipo de história é fascinante, e ao mesmo tempo aterrorizante, pois sempre dá margem a diversas interpretações das situações que, a príncipio, não mostram explicações plausíveis e acabam criando uma aura de mistério e suspense, deixando no ar diversos questionamentos sobre o que realmente aconteceu e mais interrogações sobre o que futuramente poderá acontecer. E atualmente, nossa realidade está nos trazendo esses mesmos questionamentos, sempre que pensamos nos problemas que a Humanidade têm enfrentado, seja em nível ambiental ou terrorista. É como se fosse o prenúncio do fim, onde vivemos dias angustiantes, e assim permanecemos, justamente pela impossibilidade de sabermos com precisão quando seremos novamente engolidos pelas ondas de um tsunami.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

E começamos mais um ano, mais um ciclo de compromissos, de metas a serem alcançadas, objetivos a serem estabelecidos. Faz tempo eu percebi que não consigo me adaptar mais a esse esquema popularizado e universalmente seguido pela Humanidade, esse de parar em uma determinada época do ano e reavaliar suas atitudes, repensar suas idéias, reoganizar suas metas. Descobri que os inícios e os fins de meus ciclos não seguem o padrão dos ciclos seguidos pela Humanidade. Não preciso de Natal e Ano Novo para repensar minha vida e reestabelecer metas prioritárias para o próximo ano. Não preciso que um ano se inicie para que eu decida que ciclos e períodos em minha vida terminaram e outros tiveram início. Meus ciclos seguem andamentos próprios regidos por mim.
Tenho vivido dias calmos, organizados, premeditados até. Meus dias são calmos, sem pressa exagerada. Saboreio meus cafés matinais, faço minhas próprias refeições com extremo zelo. Carnes ao molho, cafés com pitadas de chocolate, pães árabes com queijo derretido. Tenho assistido TV sempre buscando mais informação e cultura. Assisto a vida dos suricatos no Animal Planet, dou risadas com os Padrinhos Mágicos e me empolgo com Avatar na Nickelodeon, vejo bons filmes na HBO, seriados de minha preferência na Warner. Não tenho dívidas preocupantes, nem compromissos comprometedores demais. Meu afilhado sempre me visita e brinca com a sua gatinha Luppichan [ainda não me acostumei com esse nome nela], branquinha e brincalhona. Minha periquita Ana Luíza [presente de outro afilhado meu] adora passar as manhãs vendo o movimento da rua da janela.
Tudo isso ocorrendo sempre dentro de meus ciclos constantes, impregnados de sentimentos, surpresas, vivências, convivências, experiências. Acho que estou aprendendo a não deixar minha vida ser regida por ciclos que nada tem a me dizer ou nada me trazem de realmente positivo. Meus ciclos são feitos por mim mesmo e começam e terminam quando eu considero que eles devam ser iniciados ou terminados, ou quando fatos e momentos importantes de minha vida determinam o início e o término dos mesmos. Por isso, não estranhe se eu te desejar um bom 2008 lá para maio ou junho. Provavelmente eu esteja terminando meus ciclos pessoais e iniciando novos.
 
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