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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Filho do Fim do Mundo

Filho do Fim do Mundo

Ontem vasculhei papéis antigos dentro de um envelope branco, e encontrei relíquias minhas. Rascunhos de poemas e contos, desenhos que fiz há tempos atrás, entre alguns outros documentos que não faço idéia do por que decidi guarda-los. Na verdade, eu procurava contos que escrevi quando adolescente. Estavam finalizados, prontos, e mostravam a forma como eu escrevia naquela época. Eu procurava um conto em especial. Acabei encontrando dois incríveis, e todos os planos simplesmente mudaram. Dois contos que eu escrevi me chamaram a atenção de tal maneira que decidi fundi-los em um conto novo. Então comecei a escrever uma história nova baseada naquelas histórias que eu havia escrito. E novamente me surpreendi com o que acabei desenvolvendo. Não quero criar expectativas antecipadas sobre meu conto e nem sua possível participação em futuros concursos. Mas confesso que eu tenho escrito coisas mirabolantes, com finais dignos de deixar os leitores completamente chocados, surpresos. Segue abaixo o conto finalizado. Boa leitura. Filho do Fim do Mundo O mundo girava de forma lenta e estranha ao seu redor num déjà vu sinistro. Uma sensação que o dominou completamente logo após ser atingido pelo projétil disparado pelo policial que o perseguia. A bala o...

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terça-feira, 25 de maio de 2010

Teoria de Walter Bishop

Teoria de Walter Bishop

Eu senti novamente e claramente aquela sensação lógica de que devo parar de fazer alguma coisa que não faz mais nenhum sentido para mim. Isso já me ocorreu raras vezes em minha vida, em outras épocas remotas e de maneira bem peculiar. É um sentimento que me invade e me preenche de questionamentos sobre aquela atitude que estou tomando ou aquela ação que estou praticando. Fico então olhando para o tempo e me perguntando mentalmente, "Por que ainda faço isso? Qual a razão de continuar fazendo isso?". Tudo isso vem seguido imediatamente de afirmações que parecem querer apenas responder minhas indagações interiores, "Não há mais razão de você agir assim, já que isso para você não traz qualquer sensação de realização ou de amadurecimento pessoal". E então me veio à mente aqueles escritores atormentados por seus dilemas mais profundos, que os conduzem a encruzilhadas em suas vidas nas quais eles precisam decidir por um caminho apenas. Perder-se completamente numa trilha de situações esporádicas e sem importância, ou buscar seu caminho de aprimoramentos e evoluções pessoais? Lembrei-me agora da última visita que Cainã me fez, onde eu falei pra ele com toda sinceridade que aquele "Ulisses" que ele conhecia pretendia...

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Magnificent

Magnificent

Hoje é um daqueles dias em que você simplesmente desacelera e acompanha a vida em slow motion. Sim, é uma segunda-feira, mas para mim existem datas que forçam a reflexão sobre o tempo que passa. O tempo passa, e algumas situações se tornam preciosidades que é preciso deixar registrado para uma posteridade que vislumbra dias melhores. As amizades, as lembranças, os sorrisos, as frases que nunca sairão de sua mente, as músicas que farão parte de você sempre. Essa semana que passou recebi de meu afilhado Flávio Malicheski um presente poético, uma versão musicalizada de meu poema "Os Passos de Johnnie", versos que escrevi no final de 2008 e que postei aqui mesmo no meu blog. Ele estava atrás de versos para compor uma música, e eu ofereci a ele que colocasse melodia nesse poema. O resultado foi Magnífico. Para quem quiser conferir como ficou o resultado, basta clicar aqui e fazer o download da música que ele acabou compondo em voz e violão. Magnífica também é a data de hoje, aniversário de Bono Vox, que acaba completando meio século de existência. Cinquentão líder do U2, essa banda que marcou muitos momentos de minha vida, até mesmo na minha...

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domingo, 2 de maio de 2010

ein Sturm kommt auf

ein Sturm kommt auf

É bem verdade que sou escritor. É bem verdade que sou poeta. E sendo poeta, tive a coragem e ousadia de escrever versos em outras línguas. Já escrevi versos em italiano, em francês [com supervisão e revisão de uma grande amiga minha professora de francês], e hoje tive a ousadia suprema de escrever um poema em alemão. Aí alguém, silenciosamente em sua mente, faz aquele questionamento crucial: "se você é poeta e escritor, o que tem de tão corajoso e ousado em fazer versos em outras línguas?". E eu respondo que a ousadia e a coragem está justamente no fato de que eu não sei falar italiano, nem francês, muito menos alemão. Então podem jogar aquele contra-argumento em cima de mim, afirmando que basta escrever o texto em português, jogar no tradutor do Google [o supremo pai virtual de todas as respostas] e ele se encarrega do resto. E eu rebato novamente e de maneira firme, e explico o seguinte: antes de mais nada, não se pode confiar 100% nos tradutores do Google. Se for utilizar eles apenas como uma espécie de suporte, para tirar alguma dúvida a respeito de uma tradução simples, uma palavra ou uma expressão, tudo...

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