terça-feira, 16 de março de 2010

Caixa de Pandora violada

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Muita coisa aconteceu desde a última vez em que postei aqui no meu blog. De fato, se eu fosse contar em detalhes tudo o que me ocorreu, creio que ficaria demasiado enorme. Então vou resumir e dar destaque nos fatos mais importantes. No início de fevereiro recebi um telefonema de minha irmã solicitando minha presença urgente no Rio de Janeiro, afim de resolver a situação de minha mãe. Por um lado, fiquei muito feliz, pois depois de 20 anos eu iria rever minha irmã Zelia e meus sobrinhos Wesley e Hemilly, que não via há uns 20 anos. Entretanto, a viagem não seria a passeio. Eu estava realmente indo resolver problemas familiares. E quando cheguei no Rio de Janeiro, praticamente 2 dias antes do Carnaval, eu já sabia mais ou menos o que me esperava na cidade maravilhosa Rio 50º.
Fui colocado em um teste difícil pelo destino e tive diversos momentos de falha e vacilo. Tudo aquilo que eu havia conseguido dominar e encarcerar dentro de mim - impaciência, nervosismo, raiva - simplesmente se soltaram e fizeram um pequeno cotidiano infernal nos poucos dias em que estive no Rio. Abriram minha caixa de pandora à força e soltaram tudo aquilo que demorei anos para prender. Na verdade, apenas uma pessoa conseguiu esse feito, e não convem aqui eu dizer realmente quem foi, provavelmente mais adiante em minha vida eu me sinta mais à vontade para dizer abertamente a pessoa culpada por tal feito.
E lá estava eu, revendo novamente cenas do passado, discussões, brigas, desentendimentos. Nunca gostei de nada disso, são traumas de infancia, e eu aprendi que sempre odiei comportamentos arrogantes, discussões desnecessárias, e cresci entendendo que a diplomacia, o diálogo e a conversa franca são as melhores armas para se garantir uma convivência harmoniosa e sincera. Minha familia nunca soube o significado de nada disso. Nunca.
Mas nessa minha viagem prefiro lembrar dos momentos mais alegres, descontraídos, risonhos. Minha irmã querida que sempre continua a mesma batalhadora de sempre, sempre rindo do que falo e do que faço. Sentia tanta falta disso e ainda mais agora, depois que a reencontrei, sinto mais ainda, já que tive que retornar para Bahia. E meus sobrinhos, meus sobrinhos incríveis, sempre com uma disposição fabulosa debaixo daquele sol carioca que parece estar derretendo nosso cérebro e nossos pensamentos. Wesley sempre brincalhão, queimadíssimo de sol e cabelo pintado de loiro. E minha sobrinha Hemilly, agora casada e já mãe do pequeno Yuri. Saudades de todos. Também reencontrei meu irmão Miro e conheci sua mulher Priscila.  Além de meus irmãos, reencontrei também Elizângela, uma grande pessoa especial em minha vida, que ainda não aprendi a dar o devido valor que ela merece, mas que tenho certeza aprenderei com o tempo.Todos batalhadores, correndo sempre em busca de uma vida sempre melhor e livre de problemas. Eu também sempre busco isso para minha vida.
Foram dias ambiguos, paradoxos, onde eu me sentia bem por rever meus irmãos e sobrinhos, mas estressado e tenso por ter que resolver uma questão de ordem familiar. Dias quentes, abafados, intensos. Mas afinal, valeu a pena, até porque minha alma nunca foi pequena. Combinei com minha irmã, e estou programando um retorno em breve, em junho deste ano ainda. Estou ansioso e muito feliz, pois sei que essa próxima viagem será muito melhor, sem tensão, sem stress, sem brigas e discussões.

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