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domingo, 19 de junho de 2011

Refletindo enquanto a Morte me conta uma história

Refletindo enquanto a Morte me conta uma história

 O tempo continua sendo implacável e urgente para muitas pessoas que conheço e outras tantas com as quais convivo. Mas esse mesmo tempo cruel não produz efeito em mim. Permaneço sempre inerte e relaxado, como se não pertencesse a esse mundo desenfreado e desnorteado, sem rumo e sem nexo aparente. O mais estranho disso tudo é essa sensação maluca de estar perdendo tempo fazendo coisas que não produzem nada de significativo para mim e para o mundo ao meu redor. Escrevo poemas e lanço-os ao vento frio de junho, e parece que os perco de vista, sem saber se chegaram a algum destino interessante. Planto textos e a impressão absurda que fica é a de que nada foi colhido e saboreado. Encontro ocasionalmente em pontos de ônibus pessoas versadas em letras, disfarçando um ar arrogante e cheio de vaidade, falando de seus próprios feitos, e infantilizando e diminuindo os versos de outros poetas. É como se ele tivesse gabarito suficiente para julgar se os textos e poemas de outras pessoas valessem a pena ser lidos pelo mundo. "Seus versos são infantis, crus, não tem métrica, rima, chegam a ser ridículos", escutei certa vez no ônibus voltando do trampo. Aquilo...

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