
Azul e Preto
A criação de tudo através do princípio do silêncio. Os dedos flutuando no espaço por ondem fluem as palavras. O turbilhão de idéias ou a inércia de calmarias, enquanto tento emparelhar mundos ou separar universos. Uma prosa propositalmente desorientada, intencionalmente corrompida em partes misteriosas e obscuras, como um poema implorando para ser lido nas entrelinhas. Experimentando particularidades ambiciosas, melodias aos milhares no embaralhamento das palavras. Pedaços lançados numa aleatoreidade traçada desde o início. Isso é possível? A revolução das mentiras, a evolução das frases dissimuladas, o frescor da falsidade que acaricia a leitura das faces expostas. Escrever para as massas, obter conquistas e glórias, mudar o rumo do jogo, amassar o óbvio e o lugar-comum. Reinventar-se e desorientar novamente novas mentes. Subverter a vertente antes que alguém tente. Olhar para a frente e escrever sobre a atmosfera que te persegue, sobre o estranho contaminado pela perversão virulenta, sobre os discursos cuspidos nas calçadas. Reverter tudo e escutar, através do princípio do silêncio de tuas palavras, a poesia da paixão que te domina e quer transformar o teu mundo numa utopia de romantismos devastadores e lágrimas tsunâmicas. Libertar o teu próprio sentido de desconstrução através do que você escreve. Liberar...
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