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sábado, 18 de novembro de 2006

O Mundo Iluminado de Stéphanie

O Mundo Iluminado de Stéphanie

O motivo de minha ausência aqui nesse meu espaço se deveu mais a problemas tecnológicos e trâmites burocráticos dessa nossa vida algumas vezes atribulada. Mas aqui estou de volta, buscando nao deixar esse meu lugar único entregue à própria sorte. Já bastam as nossas vidas, que parecem que andam alheias à nós mesmos, largadas como barcos no meio de um oceano, ao sabor dos ventos. Eu sempre tive a certeza do poder das palavras nas pessoas, mostrando a elas verdades que o mundo quase nunca nos mostra de forma clara.Hoje recebi um email de uma grande amiga minha, especial por sua posição privilegiada na história de vida deste humilde poeta das palavras. Ela lutou pelas minhas poesias, meus versos, buscou mostrar a todos quem conhecia todo o vigor e riqueza de tudo o que escrevo de peito aberto. E assim como minhas palavras redescobertas por ela recentemente a tocaram profundamente de uma maneira que ela própria jurava desconhecer, suas palavras em seu email atiçaram chamas meio adormecidas dentro de mim. A poesia pulsa dentro de mim, vibra constantemente, a cada momento, em cada palavra, cada situação, cada olhar, cada sorriso, cada abraço, cada vivência intensa da qual participo...

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segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Minhas asas negras de outros tempos

Minhas asas negras de outros tempos

Se existe uma banda que tem uma aura dark, densa, penetrante e consistente, e que reflete toda uma atmosfera sinistra e melancólica presente em boa parte da década de 80 e início dos anos 90, essa banda se chama Depeche Mode. Muitas de suas músicas exalam um clima sombrio, soturno, e minha adolescência teve em sua trilha sonora algumas músicas marcantes do Depeche Mode. Never Let Me Down Again, Behind The Wheel, além de Strangelove, criaram contornos marcantes em muitos momentos de minha vida, onde eu sofri, chorei, amei, e senti o relativo gosto da felicidade nessa época de nossas vidas. Época de efervecência de sentimentos, sensações, descobertas. E muitas de minhas descobertas em minha vida, eu as fiz no silêncio mais extenso de meus atos, minhas atitudes, a maioria delas movidas pelo coração. E esse silêncio era quebrado sempre pelas minhas conclusões ensurdecedoras e por alguma canção de uma banda que eu começava a curtir na época. Uma dessa bandas foi o Depeche Mode, que acabou se unindo às minhas conclusões ensurdecedoras. Naquela época, eu absorvia o som da banda de uma maneira própria, de acordo com minha idade, meu estado de espírito, minha forma de enxergar o...

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quarta-feira, 23 de agosto de 2006

De olhos sinceramente abertos

De olhos sinceramente abertos

É fascinante você se descobrir um pouco mais em cada reação positiva sua a determinadas coisas da vida. Amadurecer não é somente aprender com os erros, mas também aprender a se reconhecer em coisas e pessoas que te atraem e te trazem sensações boas. Não é de agora que eu descobri que curto muito rock britânico. Mas a cada banda nova que descubro e ouço, vou realmente tendo cada dia mais certeza de que sinto prazer sonoro em ouvir bandas como Coldplay, Starsailor, e agora mais uma: Snow Patrol. Coincidentemente, a banda lançou agora em maio último seu mais novo trabalho intitulado Eyes Open, por sinal, o 2º CD do grupo. Trilha sonora perfeita para sonhos que tenho, como o que tive hoje à tarde, quando fechei meus olhos para um cochilo, e abri os olhos para um mundo diferente, distante, onde as coisas acontecem mais decididamente, como se não pudesse esperar por decisões nossas. Alguém estava comigo, e eu recebia o carinho dessa pessoa de forma tão surpreendente e fabulosa, que nada mais importou pra mim, a não ser aquele momento dentro do sonho. E esses dois últimos dias se pareceram com meus sonhos, onde resolvi fazer diversas...

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terça-feira, 11 de julho de 2006

Palavras Pós-Copa

Palavras Pós-Copa

Meus posts aqui em meu blog são tão esporádicos, que quando retorno aqui, fico impressionado com o que escrevi há algum tempo atrás. Parece que existe uma certa regularidade com que eu venho aqui postar, e escrever algumas linhas. Existe em mim um tempo certo para escrever na medida certa. Cada palavra em seu lugar, cada pensamento em sua linha de raciocínio. A Copa passou, o Brasil perdeu, Roberto Carlos não fez nada para impedir o gol, Felipão levou Portugal a mares nunca dantes navegados, Zidane se despediu do futebol com uma cabeçada infeliz, a Itália chegou onde somente o Brasil já chegou tempos atrás. Mas não sou comentarista de futebol, e nem tenho capacidade para comentar sobre futebol. Prefiro falar sobre outros pormenores poéticos de nossas vidas. Tenho hoje curiosidade em saber como serão meus próximos anos. Sinto perfeitamente dentro de mim que tudo poderá ser incrivelmente melhor do que nos anos que se passaram. Se bem que não podemos comparar nada que passou com nada que ainda está por vir. Tudo é imprevisível. Mas eu sinto uma perfeição insistente no meu futuro próximo, e só depende de mim que ele seja perfeitamente melhor do que esse momento...

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sexta-feira, 16 de junho de 2006

Um céu cada vez mais distante...

Um céu cada vez mais distante...

Viver nesse mundo onde todos esqueceram o que realmente é amar ao próximo está cada vez mais difícil e sufocante. Esse mês presenciei uma passeata pela paz promovida pela sociedade organizada aqui em minha cidade. Considerei bastante louvável a iniciativa de todos. Balões brancos, discursos inflamados, a cidade praticamente parou e se uniu num sentimento mútuo de busca por dias melhores. E então veio o dia seguinte, e suas surpresas impregnadas em nossas rotinas e cotidianos. No dia seguinte, presenciei algo completamente oposto ao que tinha visto no dia anterior. Um pobre coitado havia roubado uma mulher dentro de casa, e saiu correndo desembestado pela rua, buscando fugir. Foi perseguido e aqui, logo abaixo da janela de meu apartamento, ele foi pego. Encurralado que nem um animal, quase linchado, praticamente alvo de toda ira popular, de olhares curiosos, de gente querendo motivos para alterar a rotina diária. Juntou gente ao redor do pobre infeliz, um homem baixo, de pele morena, descalço, barba por fazer, suado, de bermuda e camisa, praticamente a imagem viva da miséria humana. Chamaram a polícia, e quando apareceu a Força Especial, os policiais simplesmente chegaram intimidando, intimando, batendo, humilhando, fazendo pouco caso daquele ser humano...

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sábado, 6 de maio de 2006

Marte e Júpiter

Marte e Júpiter

Cada música nova que escuto me inunda com algum sentimento enriquecedor para a minha alma, e acaba gravando em mim o retrato de uma época que vivo e respiro. E fico impressionado como tem certas músicas que de repente grudam em meus ouvidos e não paro de escutá-la. Agora estou escutando o novo álbum duplo de Red Hot Chilli Peppers, Stadium Arcadium, e a canção que me pegou desprevenido dessa vez foi Desecration Smile, primeira faixa do álbum Mars, uma canção com uma batida consistente, uma letra poderosa e verdadeira. Isso acabou me fazendo pensar em situações e momentos em nossas vidas que quase acabam por nos destruir. Amores, pessoas, ações, palavras. Tudo ao nosso redor tem um potencial latente de nos destruir em questão de segundos, e desestabilizar tudo o que tentamos construir durante muito tempo. É preciso saber viver e saber amar as pessoas da maneira certa. Apesar de que nem tudo depende unica e exclusivamente de nossos atos, apenas interagimos juntamente com milhares de outras pessoas nesse universo vasto. E é justamente nesse universo vasto e amplo que podemos mostrar que somos capazes de ser felizes ou não. Não existe, no momento, outro lugar que possamos...

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quinta-feira, 16 de março de 2006

Tempestades sutis

Tempestades sutis

Tempos difíceis, tempos conturbados, acordo sonolento, procuro me arrumar a tempo de poder resolver o que é preciso resolver, mas parece que o mundo ao meu redor travou em algum momento. Todos os dias estão meio iguais, meio similares, e creio que seja até por culpa minha. É difícil compreender o que ocorre com a gente algumas vezes, parece que ficamos inertes num momento estranho de nossas vidas, como que sentado no alto de um penhasco, apenas apreciando a paisagem ao longe, sem muito o que poder fazer de fato, aguardando novas instruções, ou esperando que algo nos sacuda e então a gente acorde e recobre a consciência, como o prenúncio de uma tempestade iminente. Situações fugiram ao meu controle esses dias, como avisos de um possível temporal. Discuti com um jovem amigo meu, que considero muito, e ele, pela idade turbulenta da adolescência mergulhada numa revolta absurda e sem qualquer motivo convincente, parece estar jogando nossa amizade pela janela e dizendo adeus. Ontem discuti com meu irmão, e creio que ele não tenha mais retorno, pelo caminho que está trilhando, se entregando à embriaguez completa, se matando aos poucos. Não reconheço mais ele, completamente um conhecido, uma...

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Uma Vertigem, um sonho, uma euforia

Uma Vertigem, um sonho, uma euforia

Parecia até que eu estava lá, e realmente eu queria ter estado, presenciar de perto aquele show incrível, fabuloso, mágico, fantástico. As outras tournês do U2 nem ao menos houve a possibilidade de se acompanhar pela TV, além do que a última vez que o U2 veio ao Brasil foi com o POP Mart, um show que praticamente não faço idéia de como foi. Somente depois de lançar All That You Can't Leave Behind [2000] e How To Dismantle An Atomic Bom [2005], é que a banda resolveu trazer o Vertigo Tour para as terras brazucas. E dessa vez foi algo completamente diferente, mais envolvente, mais intenso. Apesar de ter assistido ao show pela tv, e já ter assistido ao DVD do show Live From Chicago por diversas vezes, poder acompanhar todo o evento proporcionado por Bono, The Edge, Adam e Larry foi algo como que um prêmio para quem não teve a oportunidade ou a impossibilidade de estar presente ao show. Momento inesquecível do show? Com certeza, o momento em que aquele jovem pernambucano de Caruaru subiu ao palco e soltou sua voz rouca para cantar junto com Bono. Para Victor [na foto acima, ao lado de Bono],...

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Chocolate meio amargo

Chocolate meio amargo

E mais um show do U2 no Brasil que eu não terei o prazer de presenciar, por motivo de força extremas. Se fosse no Rio de Janeiro, podem ter certeza absoluta de que eu já estaria lá nesse momento, curtindo cada dia, aguardando o dia esperado do show e lançando comentários diários aqui em meu blog, como se fosse um correspondente jornalístico, transmitindo notícias de lá de dentro do front musical. Mas shows em São Paulo me inviabilizam de muitas maneiras e realmente fico impossibilitado de ir até a capital paulista. Mas eu tenho certeza de que ainda irei um dia ao show do U2, e postarei em meu blog num futuro próximo. Essa semana escrevi mais versos sobre amor, essa semana pensei mais na minha vida, e me vejo cada vez mais analisando e concluindo situações e momentos em minha vida, e parece que estou a planejar meus passos futuros de alguma maneira. Meu sonho maior sempre foi ser feliz ao lado de quem a gente ama de verdade, e em raros momentos de minha vida consegui isso. Há tempos atrás eu estaria feito um louco, correndo atrás desse sonho, passos desnorteados, olhos alucinados, coração desesperado. Hoje, talvez...

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Movimento Rápido dos Olhos

Movimento Rápido dos Olhos

Eu tenho vários dons, e muitas vezes só descubro isso depois de usá-los. Tenho o dom de ser amigo, tenho o dom de perdoar, de persuadir de maneira positiva, tenho o dom de curar feridas internas, tenho o dom do ser otimismo. Muitos podem realmente vir a dizer que isso são apenas qualidades, mas eu acredito que hoje elas se tornaram dons especiais. E tudo porque o mundo involuiu, e regride na mesma velocidade em que você consegue pensar. Os valores se distorceram, as pessoas se dissimularam completamente, a Humanidade se perdeu num labirinto consumista, individualista, agressivo, pertubador. Por isso mesmo que eu digo que as qualidades ascenderam ao patamar de dons. Não é mais pra qualquer um saber perdoar. Perdoar se tornou algo iluminado, um poder que se eleva acima das pobres cabeças perdidas nas massas errantes e transitantes pelas vias expressas, se espremendo atônitas e aflitas pelas calçadas em busca dos segundos perdidos. Bom, se não se tem mais tempo para sorrir ou dar uma boa olhada num entardecer, com certeza todos tem tempo de ir ao shopping, se embrenhar pelas filas das compras, se anestesiar nas filas dos bancos. Isso é nosso mundo de hoje,...

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terça-feira, 3 de janeiro de 2006

Cacaos // capítulo 2

Cacaos // capítulo 2

Durante muitos dias, na solidão de suas caminhadas sem destino certo por entre as plantações de cacau, o jovem dedicou todo o seu tempo na busca incessante pelo mico-leão dourado. Olhava atrás das pedras, pelas árvores, nos galhos dos cacaueiros, mas nada encontrava, a não ser a sua voz solta em ecos solitários pela mata. Às vezes ficava a se perguntar sobre o que realmente procurava. Era o momento da dúvida e da insegurança. Mas novamente algo se mexia por entre as folhagens, e o íntimo do jovem mais uma vez se agitava. Seus pensamentos sumiam, seus movimentos cessavam, e sua atenção se voltava na busca do pequeno habitante das matas. Ficava imóvel, inerte, na esperança de rever o mico. Quando percebia que sua espera era completamente inútil, sentava-se desanimado, e ficava a recordar da época em que havia trabalhado como voluntário em um projeto de uma ONG, que tinha por objetivo o equilíbrio sistemático entre áreas verdes e centros urbanos em diversas regiões do planeta. Lembrou de ter visto o mico-leão dourado incluído entre as espécies catalogadas como passíveis de extinção e que mereciam atenção especial por diversos órgãos do setor. Mais uma vez ruídos o despertavam...

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