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terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Andaluzia, Kandahar e Corsica

Andaluzia, Kandahar e Corsica

Ultimamente me deparei com alguns poemas meus onde os títulos nos remetem a lugares que sabemos existir, mas aos quais nunca fomos, nunca chegamos realmente a conhecer em nossas vidas, ficando apenas a certeza de sua existência, apesar de nunca os ter vistos nem visitados. Na realidade, títulos que procuram explicar nossa própria existência, onde muitas vezes acreditamos em coisas que não vemos, não enxergamos, não temos como tocar, mas que sentimos e sabemos que nos permeia a alma, o espírito. Sim, você sabe que está amando, mas não pode tocar nesse sentimento, como se fosse na cozinha buscar um copo de leite, ou um pedaço de torta. Você sabe que ele existe, ele está ao seu redor, permeia sua pele de sensações e provocações hormonais, rodeia seu espírito como uma aura invisível de poder e força. Sim, é uma abstração que não faz parte desse mundo de corpos, massas e concretos. Escrevi três poemas onde os títulos, por si só, procuram expressar essa faceta de nossa existência. São lugares que existem, estão lá, a milhares de quilômetros de distância, e eu sei que existem, mas que nunca fui lá, nunca andei por lá. E mesmo sabendo que...

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quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

Trocas equivalentes

Trocas equivalentes

Cada período de nossas vidas constitui-se numa série de ciclos entrelaçados, onde você realmente nunca sabe onde terminou um e onde o outro definitivamente teve início. Gostar das pessoas, amar umas, afastar-se de outras. Confesso que não fico feliz em ter determinadas certezas, como a hora que o dia termina, para dar início a um novo dia, ou a programação da tv, ou onde o sol nasce e se poe. Claro que que pra essas certezas existem pequenas e sutis variações, pois o sol nunca nasce sempre no mesmo ponto do horizonte, dependendo sempre da estação do ano em que nos encontramos. Mas esses ciclos que nos invadem a vida, onde você realmente não encontra o ponto determinante, são pequenos tormentos que algumas vezes me tomam de assalto o espírito. Que dia exatamente eu te conheci? Como nossa amizade realmente começou? Como eu fui me aproximando de você aos poucos, e de que maneira? Como chegamos a tudo isso, nesse ponto onde nos encontramos no momento? Ninguém lembra mesmo do princípio de tudo.A impressão que eu tenho é que conhecemos as pessoas como se já conhecessemos antes, e tudo foi simplesmente um emaranhado de reencontros, de reaparições, quando...

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sábado, 19 de novembro de 2005

Efeito Maverick

Efeito Maverick

Quando comecei a escrever esse poema, nessa última madrugada, tinha passado boa parte da noite conversando com meu amigo Sérgio, pelo msn. Ele, lá em Boston, e eu aqui em Itabuna, terras diferentes que parecem emergir de mundos antagônicos, universos erradicados em galáxias distantes. Tava inspirado pela letra da música do Audioslave, Doesn't Remind Me, do CD Out Of Exile e por algo escrito por um amigo meu em um fórum de discussão. Nesse Fórum, ele falava sobre amizade, solidão, a busca de nossa constante felicidade. Não deu outra. A necessidade incendiou-se dentro de mim, depois de um debate intenso sobre poesia com Sérgio, depois de ouvir uma música forte, depois de ler algo sincero e magnífico. Seriam ingredientes propícios sempre para meus escritos, minhas poesias? O que escrevi é tão nostálgico na essência quanto dramático no relato poético. Uma fuga, uma trágica perda, uma vontade de tentar esquecer aliada à impotência de conseguir alcançar esse objetivo. Um desabafo de quem perdeu tragicamente um jovem amigo. Mas qual foi minha surpresa e emoção, que me vieram lágrimas nos olhos, quando percebi que meu poema acabou se escrevendo sozinho, e se revelando por ele mesmo através de imagens de...

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domingo, 6 de novembro de 2005

Abortos sentimentais

Abortos sentimentais

Estou perdendo noites e me transformando em um ser virtualmente boêmio, me envolvendo em relações distantes, discutindo opiniões, vivenciando mais as pessoas atrás dos monitores do que mesmo nas ruas de minha cidade. E nunca me imaginei ouvindo rock gótico e punk cru. Nunca me imaginei escutando Nightwish, por influência de uma amigo meu que acabou me adotando como mano mais velho dele, e me pediu pra ser padrinho dele. Sempre me surpreendo como as pessoas acabam fazendo parte da vida da gente de alguma forma e acabam deixando suas marcas na gente, suas influências, numa troca recíproca de experiências. Depois de alguns sonhos meus espatifados e projetos que não deram em nada, me senti um pouco mais sozinho, mas no sentido de que parece que cada vez mais dependo apenas de mim pra poder girar as manivelas que movem meus sonhos. E fico ouvindo esses petardos do Green Day, no CD American Idiot, um retrato limpo e preciso de um país que é tão podre e cheio de defeitos como qualquer outro. Os estados Unidos sempre foram um pesadelo para todo o mundo, e depois de atentados, furacões, tempestades tropicais, os americanos percebem cada vez mais que são...

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sexta-feira, 19 de agosto de 2005

O eclipse se aproxima cada vez mais...

O eclipse se aproxima cada vez mais...

Posso sentir realmente este meu novo trabalho literário pulsando cada vez mais forte ao meu redor. Um livro ousado, diferente, que navega outros mares, que destoa completamente de meu primeiro trabalho, Flores do Caos. Um retrato do que um amor pode fazer na vida de uma pessoa, de uma maneira não muito positiva. Talvez a maioria dos poetas sempre busque mostrar o amor como algo sublime, lindo, mágico, encantador. Eu procurei mostrar uma face do Amor que raros poetas versalizam. Um amor que envolve, cativa, entorpece e embriaga, trazendo torpor aos sentidos, um certo desequilíbrio ao espírito, um certo descontrole aos atos. À Sombra de Um Eclipse é um livro sombrio, posso até ter essa coragem de afirmar isso. Algo me surpreende quando observo ele e vejo quanta coragem eu tenho em publicá-lo. Talvez o que mais me encante seja sua ousadia, seus versos onde os sentimentos são lançados numa penumbra quase sufocante de atitudes e emoções. Até mesmo musicalmente, já pensei nesse livro. Canções do álbum 101, do Depeche Mode, que marcou época nas décadas de 80 e 90, seriam perfeitas como fundo musical dos versos. E para ser mais recente, o álbum Fallen, do Evanescence, outra trilha...

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segunda-feira, 15 de agosto de 2005

um dia nublado como Radiohead

um dia nublado como Radiohead

Como era de se esperar, minha vida está chegando numa encruzilhada e sinto que preciso tomar decisões, agir, tomar a iniciativa de situações e partir para o ataque extremamente ofensivo. Tenho planos, projetos, idéias, e sei que necessito colocá-las em prática mesmo. Não posso ficar mais submerso no limbo, absorto num espaço amplo com minhas idéias pulsando sem parar. Estou num ano divisório, onde o que ficou para trás são lembranças, e o que vier daqui pra frente será uma nova fase, com situações novas pra mim. Um casamento talvez, um filho, quem sabe. Mais um livro a ser lançado, um site de jogos já conhecido e que se mantém no ar ainda porque eu adoro games, adoro jogos, mantenho mesmo como uma paixão que levo adiante sem medo, mesmo que eu tenha que levar sozinho por alguns trechos de meu caminho. Sei que tenho amigos que se disponibilizam sempre a ajudar em determinadas épocas, mas tenho a certeza de que a maior parte do tempo estarei sempre sozinho.Por influência de um grande amigo meu que esteve aqui em casa, Pedro, resolvi escutar Radiohead a fundo, todo dia. É o que está tocando insistentemente em meu fone, seja em...

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sexta-feira, 5 de agosto de 2005

Em busca da Pedra Filosofal

Em busca da Pedra Filosofal

Hoje o técnico da Telemar veio instalar finalmente a Velox aqui em casa. Uma novidade incrível realmente é eu ter internet 24 horas aqui em meu humilde apê. Antigamente não tinha esses luxos tecnológicos virtuais. Achei engraçado quando o técnico ficou supreso duas vezes. Uma, por ter visto meu PC, e outra quando foi testar a velocidade de minha conexão aqui na linha. "Bom, aviso a você que o link é de 1 mega, mas nunca bate realmente nessa faixa", disse ele, em tom explicativo. Quando fomos testar a velocidade de conexão, ele ficou [pela 2ª vez] surpreso, ao constantar que o medidor havia batido 1020 kbps! Ele riu e disse que era a primeira que isso acontecia. Preciso realmente agradecer a Deus por tudo de bom estar acontecendo comigo por estes tempos, pois tudo parece se resolver comigo de forma fácil.//Fullmetal Alchemist //Não é realmente qualquer coisa que me prenda a atenção a ponto de me fazer ficar maravilhado e em estado sugestivamente hipnótico. Com relação a desenhos japoneses, talvez o único desenho que me cativou completamente foi Yuyu Hakusho. Mas esta semana comecei a assistir o novo canal Animax. Assisti alguns animes, como Getbackers, HunterxHunter, Vandread, mas...

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sexta-feira, 29 de julho de 2005

eu e meu PC novo

eu e meu PC novo

Essa semana finalmente meu PC foi pra casa. Passei mais de um mês aguardando Binho montar ele todo, mas depois de muita espera e paciência, afinal ele realmente é o sonho de todo nerd. A começar pela placa de vídeo GeForce NX 6800 GT, atualmente uma das melhores placas do mercado, possibilitando que eu jogue praticamente qualquer jogo lançado no mercado. Ainda não testei Doom 3 ou Battlefield 2, mas estou à procura para poder fazer esse teste. Além dessa placa de vídeo, meu PC tem um processador AMD Atlhon XP 3200+ FSB400, uma placa-mãe MSI K7N2, 1024 de memória RAM DDR 400 e dois HDs, um de 60GB e outro de 80GB, totalizando 140 GB de espaço para eu fazer o que eu quiser. Por enquanto, estou sem internet em casa, mas estou providenciando isso rapidamente. Minhas madrugadas agora são em companhia de Gordon Freeman, o famoso cientista de Half-Life 2. Espero poder fazer muita coisa com meu PC, e aproveitá-lo ao máximo. Ah, um detalhe legal que deixou meu PC bem original foi o casemod que fiz nele, com uma imagem de Gordon em uma das laterais do PC, que ainda conta com coolers em neon, um...

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quinta-feira, 21 de julho de 2005

caçadores de sonhos

Tudo em mim foge para este sonhoonde persistem teus olhos negrosessas dunas de paçocasteus rabiscos nos arabescosteus sorrisos pelos becosTudo em mim foge para este sonhoonde eu ouço o que você me dizentre beijos de algodãoe canções feitos de brancos gizSandman ainda não percebeue eu enganei MorpheusNão é uma fuga, enfimTrata-se de uma caçada sem fim.poema do livroÀ Sombra de um Eclipsejulho 2005...

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nota de falecimento

Continuo absorto em meus textos, e todas as noites me perco em meu mundo silencioso de versos e escritos, num emaranhado de papéis, onde meus versos estão rabiscados. Esta noite, porém, fugiu-me todos os pensamentos, pela morte de um dos periquitos que meu afilhado Junior me presenteara antes de ir para Campo Grande. Assim que abri a porta do meu apartamento, me deparei com um momento insólito, estranho e triste. O pequenino periquito amarelo estava caído dentro da gaiola, o corpo inerte, imóvel, sem vida. Caramba, fiquei meio sem ação, confesso. Agora fico pensando no outro periquito, que ficará solitário, sem ter com quem compartilhar o espaço. Estou apreensivo pelo seu futuro, que poderia ser muito melhor do que morrer de solidão. Até estou pensando em adquirir um outro periquito, mas fico pensando se ele se adaptaria ao novo amigo, ou se seria arredio ao novo companheiro. Na verdade, tudo isso aqui está soando como uma nota de falecimento, o que me entristece mais ainda.Prefiro o silêncio diante do momento......

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quarta-feira, 20 de julho de 2005

O Mundo de Shopia

O Mundo de Shopia

Remexendo meus textos ontem à noite, descobri que o poema que publiquei aqui em meu último post, na realidade, faz parte do material para do meu 2º livro, À Sombra de Um Eclipse, e o título dele é O Mundo de Shopia. Esse foi um dos livros que eu li e que realmente marcou essa minha época, tão conturbada e marcadas por experiências amorosas desastrosas e que quase acabou com vidas tão promissoras e cheias de futuros e sonhos. Nessa época, em minha vida, filosofia e amor andavam juntos, preenchendo meu cotidiano marcado pela descoberta de amores que me levaram às alturas de um céu tempestuoso. E olhando meus textos, descobri outra coisa realmente impressionante. O poema que encerra meu segundo livro tem o título de Meu vigésimo sexto GirasSol, e fala da busca em reencontrar a si mesmo, reencontrar os amigos, a luz do sol, e retornar a fazer tudo aquilo que eu fazia de antes da escuridão dominar minha vida. Aprendi muito com a escuridão que me envolveu certa vez em minha vida, e sei que os erros nos amadurecem.Viver sem errar talvez seja o maior erro na vida de uma pessoa. Talvez muitas pessoas acreditem que...

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segunda-feira, 18 de julho de 2005

no meio de lugar nenhum

Essa sensação estranha de que sempre sinto falta de algo sempre me persegue. Seja algo ou alguém, não importa. Sempre acordo todos os dias como se estivesse perdendo muito tempo e não colocando logo em prática muitos projetos que tenho em mente. Acho que realmente estou perdendo tempo. Descobri, esse final de semana, remexendo inúmeros escritos meus, vários papéis guardados e poemas escritos recentemente, que tenho mais material para outro livro já. Seria, no caso, o sucessor de À Sombra de Um Eclipse, que ainda nem lancei, mas que já tem seu sucessor quase que praticamente pronto, e até já batizado: O Frasco de Sol. Poemas escritos nos últimos dois anos, quando o sol já havia novamente amanhecido em minha vida e resolvi guardar ele com carinho num frasco, protegendo ele de todos os males deste mundo cruel, insano e pertubador. Versos corajosos, mais iluminados, mostrando um poeta mais solto, mais largado no mundo, guardando seus segredos, cultivando as amizades que tem. Falta apenas descobrir o que me falta realmente.no meio de lugar nenhumTenho andado mais distante de mimprocurando estar mais perto de tiUm olhar adormecido depois do caféUm andar morno num verão abrasadorLeitura mansa no jornal diáriouma saudade...

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sexta-feira, 15 de julho de 2005

Cacaos // capítulo 1

Seus olhos abriram-se. Seus sofridos olhos dourados mais uma vez acordaram para o mundo à sua volta. Esse despertar era mais conseqüência de uma constante vigília com a qual passara a conviver, do que de um simples e inevitável ato de acordar, buscando reestabelecer contato com o mundo que o abrigava. No seu caso, reestabelecer esse contato significava entregar-se completamente à batalha mortal pela sua própria sobrevivência. Já não fazia mais diferença alguma estar acordado ou em estado de aparente sonolência, pois a realidade que agora o cercava havia se tornado fiel referência para os pesadelos que o atormentavam. Pesadelos que o perseguiam nas noites sem lua e de estrelas mortas. Sonhava com luzes trêmulas e pessoas desesperadas, sendo totalmente consumidas pelo fogo de um clarão, que diante de si era a própria devastação em movimento. Em seus pesadelos podia ouvir com clareza o som da destruição completa, o trovão aniquilador, o estrondo impertinente da morte. Sons que arranhavam o ar, causando pânico, incutindo um pavor extremo ao espírito. Então acordava sobressaltado, suando frio, o corpo tremendo, gritos sufocados na garganta rouca. Começava então a conversar consigo mesmo num monólogo aflito, angustiante, onde chorava buscas desesperadas por Deus. Falava...

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O Francis que seria Ulisses

A vida, realmente, é cheia de infinitas possibilidades, uma realizadas e presentes em nosso mundo, e a ampla maioria delas guardadas dentro de caixinhas imaginárias em nossas mentes, pulsando e vibrando em todos os seus possíveis potenciais. Um objetivo a ser alcançado, um sonho que ainda não se realizou, um projeto rabiscado no papel, uma rua que poderia ter tido um outro nome, um caminho que não seguimos [mas que continua lá, esperando pelos nossos passos], pessoas que poderiam hoje ter outro nome. Hoje mesmo encontrei um desses exemplos citados. O dia começou fechado, frio, nublado, e depois de cumprir algumas obrigações e compromissos, resolvi passar no shopping para tomar um cappuccino. O relógio ainda marcava 9h30min, e as lojas ainda não estavam abertas. Fui em direção ao Pão de Queijo, e encontrei os funcionários conhecidos, meus amigos esporádicos de conversas descontraídas, um ótimo acompanhamento para um quente cappuccino com pãezinhos de queijo com recheio de cheddar. Só que hoje a possibilidade pulsante e não realizada resolveu pulsar e mostrar que um dia poderia vir a ter existido. Francis, funcionário dedicado e bem educado, serviu-me o cappuccino, e então, resolveu perguntar o meu nome [acredite, já fui diversas vezes...

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sexta-feira, 8 de julho de 2005

A Felicidade, nosso quebra-cabeça

"onde devemos encontrar a felicidade, peep? onde ela pode residir de fato? no sorriso de uma pessoa que amamos? no abraço aconchegante e nas palavras de amizade e conforto? no sorvete que se toma juntos? nas confidências, nos segredos que são trocados e prometidos naum serem comentados com mais ninguém? na sinceridade de uma amizade e das pessoas que sabemos que gostam muito de nós? A felicidade reside onde, peep? canções, livros, gestos, palavras, passos, momentos... talvez a felicidade seja um quebra-cabeça que só conseguimos enxergar sua paisagem quando realmente temos fé e acreditamos até mesmo naquilo que naum podemos tocar ou ver."Palavras ditas certa vez a um grande amigo meu....

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quarta-feira, 6 de julho de 2005

Descobrindo os Perpétuos

A sensação que tenho, quando escrevo, é de que sou plenamente influenciado tanto pelos meus sentimentos e emoções mais profundos e fortes, quanto pela infinita gama de informações pops presente em nosso cotidiano. Trechos de músicas, filmes, melodias de canções [como a que estou ouvindo agora, Electrical Storm, do U2], livros, histórias em diversas formas de arte, como a HQ, por exemplo. Um poema que escrevi numa madrugada dessas aí, por exemplo, influenciando por um livro de contos que li recentemente baseado nos quadrinhos de Sandman, uma criação fascinante do escritor inglês Neil Gaiman. A contextualização onírica de suas histórias me fascina, e tem tudo a ver com alguns de meus sentimentos, e tenho mais especial fascinação com os Perpétuos, os irmãos de Sandman: Destino [Destiny], Morte ou Desencarnação [Death], Sonho ou Devaneio [Dream], Destruição [Destruction], Desejo [Desire], Desespero [Despair] e Delirium [Delirium]. Quem curte a história, poderá entender melhor. Para quem não conhece, fica o desafio de decifrar meus versos e entendê-los um pouco. DescobertaO que vejo é o meu Desejo Perto respira e espera o Desespero Flores balançam em Delírios Desse lado a sombra do Desolado Dissimulado o Destino solta sorrisos Diante do Sol que despenca Despreendido...

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Agridoce // música: Pato Fu

Sempre que ouço essa música nova do Pato Fu, tenha a estranha sensação de estar ouvindo um sucesso antigo de Roberto Carlos. Uma melodia nostálgica, uma letra melancólica e paradoxalmente libertadora. Como diz os versos da segunda estrofe da canção, sair em segredo, sem despedida, de sua vida, de uma maneira espetacular. Não sei se me identifico com essa canção, mas ela parece um bálsamo que nos purifica de algo que nos fazia mal antes, como uma paixão destruidoramente mansa, que nos sufoca silenciosamente. Já vivi muitos amores assim, sufocantes, ansiosos, silenciosos em sentimentos, alegres em olhares e sorrisos e tristes em partidas e despedidas. Mas parece que hoje, percebo que aprendi muito com minhas experiências, e mesmo assim, ainda tenho muito caminho a trilhar té encontrar realmente um abraço e um beijo que me faça chorar feito criança...Por que você às vezesSe faz de ruim?Tenta me convencerQue não mereço viverQue não presto, enfimSaio em segredoVocê nem vai notarE assim sem despedidaSaio de sua vidaTão espetacular E ao chegar lá foraDirei que fui emboraE que o mundo já pode se acabarPois tudo mais que existeSó faz lembrar que o tristeEstá em todo lugarE quando acordo cedoDe uma noite sem...

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terça-feira, 5 de julho de 2005

Câmbio, alô, alguém aí na linha?....

...sempre costumo considerar blog como um exercício de escrita. Para a maioria, uma simples artificialidade virtual criada para tomar mais de nosso tempo na internet. Mas para mim, a visão de um blog é de alguém tentando expor suas idéias, seus pensamentos, suas possibilidades, sua visão de mundo, seus desesperos contidos, suas ansiedades profanas, seus desejos conscientes. Esse aqui já deve ser meu 3º ou 4º blog que crio, mas nunca consegui criar um vínculo que seja com qualquer um deles, acho mais pelo fato visual, pois todos os blogs que criei nunca me atraíram o suficiente para sempre postar com certa regularidade nele. Meu último blog ainda continua online, apesar de estar de standby por tempo indeterminado. Não costumo ser assim com nada que crio. Projetos, idéias, soluções, sempre costumo colocar todos em prática e observar atentamente seu andamento, seus resultados, sejam eles positivos ou negativos. Com os blogs é diferente, e sei que é mais elo fator design, elemento visual, que nunca consegui me identificar. Agora espero que com esse aqui eu consiga realmente me dedicar, aprimorá-lo aos poucos, deixar frutificar aqui minhas idéias, minhas opiniões, e o mais importante: meus escritos, minhas memórias, e todas as...

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